IFAT Brasil 2025 é plataforma estratégica de tecnologias ambientais

 
 
 

Por três dias, a IFAT Brasil 2025 - Feira Internacional para Água, Esgoto, Drenagem e Soluções em Recuperação de Resíduos transformou o São Paulo Expo no epicentro das tecnologias ambientais na América Latina. Em sua segunda edição, a feira se consolidou como uma plataforma essencial para profissionais e empresas que buscam soluções em gestão de água, esgoto, resíduos sólidos e recuperação energética. O evento promoveu discussões estratégicas e reuniu um público seleto de especialistas e representantes governamentais, reforçando seu papel central no setor. 

Com 230 expositores, público de todos os estados do Brasil e todos os países da América do Sul, 79 horas de conteúdo de extrema qualidade no Congresso Internacional IFAT Brasil 2025 junto ao Solutions Lounge, Arena de Inovação e Startups e Arena de Demonstração, o evento uniu, em um só ambiente, debates e soluções de saneamento básico, tema importante não só para a infraestrutura nacional, como também para a saúde da população.

 
 

Para Rolf Pickert, CEO da Messe Muenchen do Brasil, organizadora do evento, falar sobre saneamento é falar sobre vidas humanas, dignidade e o futuro do país. "A IFAT Brasil nasceu para impulsionar essa transformação, conectando tecnologia, conhecimento e pessoas em torno de um propósito comum. Ver esse ecossistema reunido, engajado e comprometido nestes três dias é a prova de que estamos no caminho certo para fazer a diferença, não só no setor, mas na sociedade, no Brasil e na América Latina."

Com curadoria das principais entidades do setor, o Congresso Internacional IFAT Brasil aprofundou as discussões sobre temas essenciais para o meio ambiente, incluindo a universalização do saneamento básico, a valorização de resíduos e a descarbonização da economia. O congresso também destacou as tendências que estão definindo o futuro da gestão ambiental.

O evento contou com o auditório Blue Stage, dedicado à gestão hídrica, e o auditório Orange Stage, voltado para gestão de resíduos, energias renováveis e economia circular.  

A edição contou com três atrações especiais voltadas à experiência prática e à troca de conhecimento: a Arena de Demonstração trouxe apresentações ao vivo de equipamentos em uma área de mais de 2 mil m², funcionando gratuitamente todos os dias; a Arena de Inovação e Startups reuniu soluções tecnológicas emergentes e empresas que estão transformando o setor de água e saneamento, promovendo conexões estratégicas e tendências; e o Solutions Lounge, que ofereceu um espaço aberto para expositores compartilharem cases de sucesso com o público visitante, com inscrições feitas na hora. 

A aproximação entre o Brasil e a Europa na área de tecnologias industriais não é apenas comercial, mas estratégica, como afirmaram os representantes da VDMA - Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Equipamentos -, durante apresentação no Blue Stage .

Fabiane Wahlbrink, diretora da entidade no Brasil, destacou que a atuação da VDMA é orientada para um trabalho conjunto entre os países, com foco em desenvolvimento industrial e multiplicação do conhecimento técnico. "O que é praticado na Europa nem sempre pode ser replicado diretamente no Brasil, mas há muita troca. Nosso país também oferece aprendizados relevantes que podem ajudar outras regiões a se desenvolverem", explicou.

Segundo ela, a missão da entidade vai além de promover feiras e rodadas de negócios. "Nosso papel é dar suporte real às empresas associadas, entendendo as particularidades locais e fomentando inovação com base em dados concretos. Queremos ajudar empresas a entenderem o mercado, adaptarem seus produtos e maximizarem seus resultados com base em informações sólidas", afirmou.

Nathalie Wagner trouxe um panorama detalhado do desempenho da tecnologia de processamento e de equipamentos industriais na América Latina: o Brasil foi responsável por 26% das exportações do setor em 2024, ficando atrás apenas do México, com 30%. Ao todo, as exportações somaram € 315 milhões (R$ 2 bilhões) no ano, na região. 

"Apesar de oscilações recentes, o primeiro trimestre de 2025 já demonstra uma recuperação significativa nas exportações para o Brasil, o que mostra o potencial de crescimento contínuo nesse mercado", afirmou Wagner.

A executiva destacou que, mesmo em mercados com volumes relativamente menores, como o de água, avaliado em € 55 milhões (R$ 353 milhões), o Brasil aparece como segundo maior destino das exportações, com 25% do total, atrás apenas do México (46%). "Ao observarmos os três primeiros meses de 2025, já notamos um aumento importante no volume exportado, comparado aos últimos anos. Isso mostra um ambiente mais promissor, com oportunidades que vão além do mercado tradicional", apontou. 

A VDMA vem reforçando sua atuação na América Latina, oferecendo dados de mercado, análises técnicas e suporte direto às empresas associadas interessadas em expandir negócios na região. "A demanda por equipamentos eficientes e tecnologias mais limpas é crescente. O Brasil tem condições técnicas e industriais para ser referência não apenas como consumidor, mas como parte ativa no ecossistema global", disse Wagner.

A participação do Pacto Global – Rede Brasil na Blue Stage destacou o papel das empresas na construção de um futuro mais sustentável. Criado pelas Nações Unidas nos anos 2000, o Pacto reúne mais de 25 mil empresas em 167 países e é considerado a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo. "As empresas deixaram de ser espectadoras e passaram a ser vetores essenciais para transformar o cenário global", afirmou Rafael Carmo, analista sênior de captação da entidade. 

A organização atua com base em 10 princípios orientadores, distribuídos entre direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. No Brasil, o engajamento vem crescendo. "A segunda maior rede do mundo é a brasileira, perdendo apenas para a francesa. Isso mostra como o setor privado nacional tem ampliado seu comprometimento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)", destacou Carmo. 

Ao todo, são 13 iniciativas voltadas à crise climática. Na frente hídrica, os desafios são urgentes: segundo dados apresentados por Andresa Cassiano, analista sênior de água, oceano e resíduos, 35 milhões de brasileiros ainda vivem sem acesso à água potável, e mais de 130 milhões não têm saneamento adequado. "Sem saneamento não há saúde, não há educação, não há cidadania. Esse é um problema social, e não apenas técnico ou ambiental", afirmou. 

Ela também reforçou a importância de olhar para o ODS 12, voltado ao consumo e produção responsáveis. "Se continuarmos nesse ritmo, até 2060 a extração de matérias-primas aumentará 60%, mas apenas 8,6% desse total entra hoje na circularidade. Precisamos colocar a dimensão social no centro do debate sobre resíduos", completou. 
 
 

O auditório Orange Stage do Congresso Internacional IFAT Brasil recebeu o debate "Melhores práticas do setor de biogás e biometano no Brasil – Cases de Sucesso ABiogás", promovido pela Associação Brasileira do Biogás. O encontro reuniu autoridades e especialistas de empresas que atuam em diferentes elos da cadeia produtiva do biogás e do biometano. 

Mediado por Talyta Viana, coordenadora de Assuntos Regulatórios da ABiogás, o debate destacou o papel estratégico do biometano como vetor da transição energética no Brasil, com ênfase nas iniciativas implementadas no estado de São Paulo. "Hoje, a ABiogás representa mais de 160 associados em toda a cadeia do setor, reforçando o potencial e a diversidade de aplicações dessa fonte renovável", afirmou Talyta na abertura. 

Representando a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil-SP), Laís Almada, assessora de Energia e Mineração, destacou o protagonismo paulista no avanço das políticas públicas voltadas ao uso do biometano. "São Paulo assumiu o compromisso com a neutralidade de carbono até 2050 perante a ONU, e isso se traduz no nosso Plano Estadual de Energia, baseado na economia circular", explicou.

Entre as ações já em pauta pelo governo estadual, Laís ressaltou a redução de ICMS sobre o biometano, isenções de IPVA para caminhões e ônibus movidos a gás, além da criação de um aplicativo que conecta toda a cadeia do biometano em um ecossistema online voltado à geração de negócios. Segundo a assessora, São Paulo tem potencial para substituir grande parte do consumo de gás fóssil por biometano, consolidando-se como uma referência no setor. 

O debate também abordou os avanços regulatórios essenciais para viabilizar a expansão do biometano. Amauri Gavião, diretor de Regulação Técnica da Arsesp - Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo, afirmou que a atuação da agência tem sido decisiva para estruturar o mercado. "O biometano tem a mesma finalidade que o gás natural, mas com benefícios ambientais. A primeira distribuição em São Paulo aconteceu em 2017. Hoje, temos quatro plantas em operação", disse.

Pedro Maranhão, presidente da Abrema - Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente, enfatizou a importância da interiorização dos projetos e do papel dos aterros sanitários. "Quase todos os grandes aterros estão migrando para o biometano. São Paulo é protagonista, mas temos projetos no país todo, como em Fortaleza, onde o biometano já representa entre 20% e 25% do gás consumido. Os aterros precisam ser cada vez mais regionalizados, o que exige um esforço grande de infraestrutura e regulação."

Representando a Orizon, Caroline Pinho, gerente de Energia e Biocombustíveis, apresentou as iniciativas da empresa para fomentar a economia circular por meio do biometano. "Temos duas obras avançadas focadas na valorização de resíduos. A implantação desses projetos passa por desafios como trâmites documentais, tempo de aprovação e marcos regulatórios ainda em desenvolvimento", explicou Caroline. 
 
A Abrema - Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente marcou presença em um dos painéis do Orange Stage para discutir os resíduos sólidos no contexto da COP30. A palestra foi moderada por Pedro Maranhão, presidente da entidade. 

"Essa é uma discussão muito importante, pois a COP30 já vai acontecer nos próximos meses, em Belém", afirmou Maranhão. Segundo ele, os piores índices de saneamento básico do país estão na chamada Amazônia Legal, região que também registra o maior índice de mortalidade infantil, consequência direta da ausência de saneamento ambiental. "A floresta precisa, sim, estar em pé, mas também precisa de tratamento de água, esgoto e gestão adequada de resíduos sólidos", completou. 

O painel contou ainda com a participação do deputado federal Arnaldo Jardim, do senador Alan Rick, do conselheiro do TCM-BA Nelson Pellegrino e da diretora da ANA - Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Ana Carolina Argolo.

Mas, como ressaltado na cerimônia de abertura da IFAT Brasil 2025, o Brasil só conseguirá alcançar a universalização do saneamento básico, em 2033, se houver união entre poder público, iniciativa privada e demais players do segmento. 

"A importância deste momento para o nosso país é enorme, especialmente agora que a agenda do saneamento está finalmente recebendo a devida atenção, após ter sido negligenciada por tanto tempo. Esse avanço é fundamental, mesmo que ainda precisemos realizar alguns ajustes de rota. Não podemos deixar de falar e debater esse tema tão essencial, que é o saneamento básico", afirmou Ana Carolina Argolo, Diretora da ANA - Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. Para ela, a regulação do setor é um grande desafio. "Por isso, é essencial a participação conjunta de todos os atores envolvidos, promovendo um cenário cada vez mais favorável ao final dessa maratona. Espero que esta seja a segunda de muitas edições da IFAT Brasil, e que o evento continue recebendo o apoio do Governo Federal e de todos os parceiros". 

Pedro Maranhão, diretor-presidente da Abrema - Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente, falou sobre o dinamismo e a complexidade do setor. "Ainda lidamos com lixões, mas também avançamos na produção de biometano. A aprovação recente do programa Combustível do Futuro, do deputado Arnaldo Jardim, abriu um mercado promissor para o biometano. Por isso, nos próximos três anos nosso foco estará justamente em investimentos nessa área, que representam um passo decisivo para a descarbonização da economia", disse. 

Luana Pretto, presidente executiva do Instituto Trata Brasil, declarou que a IFAT Brasil é "uma feira de relevância internacional muito importante, e que o fato de ela ter vindo para o Brasil fomenta novas tecnologias no setor de saneamento básico, tanto para os setores de água e esgoto quanto para o de resíduos".
 
 

O painel Hidrogênio Verde e Agroindústria, resíduos como fonte de inovação sustentável reuniu Alysson Camargo – gerente de novas tecnologias da Geobiogas&carbon; Nathalia Everdosa, COO da H2Brazil e CCO INM; Loana von Gaevernitz Lima, diretora executiva adjunta e representante do Estado de Baden-Württenberg e HAHK Brasil; Glaucia Vieira, fundadora da startup GreenEnergy soluções sustentáveis; e Marcos Oliveira, coordenador na Mele. Os painelistas apontaram que, como é difícil competir com a indústria do petróleo e gás, é importante ter várias rotas entre as sustentáveis. Ressaltaram que o Brasil gera milhões de toneladas de resíduos e lodos anualmente – que podem gerar muita energia. Mas, a vida real mostra que a economia de baixo carbono só vai pegar quando alcançar preços competitivos; isso é particularmente verdade no segmento de resíduos e lodos. A mensagem que o mundo está dando é que a transição vai acontecer, mas não a qualquer custo. Portanto é imprescindível que o segmento seja remunerado por ter pegada de carbono negativa de saída. Os cases dos painelistas comprovaram que utilizar resíduos e lodos para gerar energia pode ser também solução ambiental.

Gino Paulucci Jr., presidente do Conselho de Administração da Abimaq, ressaltou o orgulho de a entidade estar representada na feira por 36 empresas associadas, "além de contar com uma ilha dedicada ao Sindesam, nossa Câmara Setorial que reúne os fabricantes de máquinas e equipamentos voltados ao saneamento básico e ambiental". 

"Nosso propósito como entidade setorial é claro: apresentar às companhias de saneamento a competência tecnológica e a qualidade da indústria nacional. Queremos promover a inovação, as soluções desenvolvidas por nossos associados e, ao mesmo tempo, contribuir institucionalmente para a melhoria contínua do ambiente de negócios no país, afirma Pulucci Jr.

A IFAT Brasil - Feira Internacional para Água, Esgoto, Drenagem e Soluções em Recuperação de Resíduos tem como objetivo principal impulsionar o mercado emergente de tecnologias ambientais no Brasil e em toda a região da América Latina. O evento é organizado e promovido pela Messe Muenchen do Brasil e se posiciona como uma plataforma de conexão entre diversos stakeholders do mercado, reunindo em um único ambiente todas as soluções para gestão de água e esgoto, drenagem e infraestrutura para saneamento, gestão de resíduos e soluções de recuperação energética. O evento é reconhecido por promover debates sobre os principais temas e desafios relacionados ao setor com especialistas internacionais. A IFAT Brasil faz parte da IFAT Worldwide que conta com 12 eventos no portfólio, em 8 países, com expositores de 59 nacionalidades e visitantes de mais de 155 países. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Fotos: Revista Controle & Instrumentação
editoravalete@editoravalete.com.br

 


DESEJANDO MAIS INFORMAÇÕES: editoravalete@editoravalete.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

© Copyrigth 2001 – Valete Editora – São Paulo, SP