Revista Controle & Instrumentação


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São Paulo, 08 de Março de 2012

Foundation Fieldbus realiza encontro mundial no Brasil

 

"Foi muito fácil escolher o Brasil para sediar nosso encontro. Tanto pelos sucessos recentes como pelas possibilidades que se abrem para o futuro", comentou Rich Timoney - Presidente e CEO da Fieldbus Foundation sobre o encontro mundial de usuários da tecnologia FF. A abertura foi feita pelo engenheiro Augusto Pereira - Chairman do comitê brasileiro de marketing da Fieldbus Foundation (FF), que focou na história e utilização prática da tecnologia par introduzir os comentários do Dr. Gunther Kegel - Chairman of the Board of Directors da Fundação e executivo da Pepperl+Fuchs – empresa em que os produtos FF já são mais de 50% de suas vendas na unidade brasileira. "Pessoas de coragem, visão e sucesso estão aqui para falar da tecnologia FF, como a Deten e a Petrobras", pontuou Dr Gunther, apresentando o engenheiro Ronaldo Magalhães, diretor de automação para Abastecimento da Petrobras, keynote speaker do evento. "A adoção crescente da tecnologia Fieldbus Foundation depende de capacitação, de treinamento contínuo de desenvolvedores, fornecedores, usuários e integradores" frisou Magalhães, para quem é preciso treinar todos os envolvidos e utilizar apenas blocos e funcionalidades certificados.

O executivo da Petrobras frisou que as soluções tecnológicas adotadas pelas grandes empresas, nas mais diversas áreas de negócio, devem estar alinhadas com os respectivos objetivos estratégicos, agregando valor aos stakeholders – e o uso da tecnologia Fieldbus Foundation (FF) está inserido nesse contexto. "Na Petrobras a tecnologia também pode ser uma aliada para atingir os objetivos estratégicos, mas há desafios a vencer. E o novo contexto – que envolve o Pré Sal, o Promimp, o Conteúdo Local, etc – traz oportunidades para novas tecnologias" comentou Magalhães apresentando os investimentos e a gestão tecnológica da estatal. Magalhães afirma que trabalhar com o FF não é difícil, é complexo. É preciso entrosamento, é preciso seguir as normas e Guidelines, utilizar padrões para comissionamento e testar as malhas em cada segmento.

É preciso utilizar ferramentas para gestão no SDCD, e ir a fundo nos recursos da FF para simular o funcionamento e fazer os testes de malha. Segundo Magalhães, a Petrobras como um todo possui aproximadamente 70 mil devices FF – cerca de sete devices por segmento. Ele frisa que a empresa também vivenciou dificuldades de aplicação inadequada de materiais – como cabos não certificados -, erros de montagem e projetos, deficiência dos documentos e muita dificuldade de comunicação entre as partes envolvidas para entender as necessidades da nova tecnologia. Muito porque não se pode utilizar uma nova tecnologia com procedimentos e raciocínios de outra mais antiga. Mas a Petrobras aprendeu, e Magalhães elenca: atenção aos certificados dos materiais; acompanhar todo o serviço, fazer a inspeção visual de campo; fazer teste estático da rede sem alimentação – verificar capacitância, resistência elétrica, aterramento, etc; fazer teste dinâmico da rede alimentada e ativa – terminação, LAS ativo, macrociclo real, nível de ruído, dispositivos ativos na rede, tensão em cada dispositivo; fazer testes de malha no console do SDCD com software de gestão de ativos; evitar o uso de programador de campo que pode gerar conflitos na configuração e assume um endereço na rede não possibilitando gerenciamento centralizado entre vários epecistas. "A gestão mais complexa que a de uma rede 4-20 requer mudanças culturais profundas.

Por exemplo, no caso dos sobressalentes, exige sim trabalho de engenharia maior na substituição de dispositivos para outros modelos ou versões. Não é plug and play, é preciso passar por etapas de instalação de drivers, comissionamento e testes. Então, até para os sobressalentes é preciso maior controle de versões e maior organização. E exige de todos maior habilidade - mão de obra melhor capacitada. E nesse quesito podemos destacar o LEAD". Miguel Borges falou sobre o LEAD, criado para suportar a aplicação da tecnologia FF nos projetos da Petrobras e servir como uma consultoria técnica.


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