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Chicago, 19 de novembro de 2015

Automation Fair 2015 destaca a empresa conectada

 
O presidente e CEO da Rockwell Automation, Keith Nosbusch, abriu a Automation Fair 2015 - que atraiu mais de 15 mil visitantes a Chicago para ver mais de 150 estandes e quase uma centena de sessões técnicas, fóruns setoriais, e cursos hands on - com exemplos reais de ativos inteligentes conectados a redes que integram, de forma abrangente, TI – Tecnologia de Informação e TO – Tecnologia de Operação. E esta é a perspectiva da empresa: ligar e integrar dispositivos inteligentes numa arquitetura à prova de futuro.

A Rockwell Automation, com US$ 6,3 bilhões em vendas no ano fiscal de 2015, está focada em soluções industriais, de controle e informação concebidas para proporcionar à empresa conectada um ciclo mais rápido, menor custo total de propriedade, maior utilização de ativos, tempo de inatividade reduzido, maior rendimento e qualidade. “Empresas com visão de futuro estão combinando TI e TO”, disse Nosbusch. Mas um ativo industrial se torna inteligente com um microprocessador conectado a uma rede. Ele precisa ser o que Nosbusch chama de autoconsciente e ter um sistema de reconhecimento para realizar autodiagnóstico e calcular o consumo de energia e se integrar com segurança. Então, os três princípios-chave da empresa conectada são que ela é inteligente, produtiva e segura. E a forma da Rockwell propor isso ao mercado é o PlantPAx, DCS da Rockwell baseado em padrões abertos de comunicação, escalável, e que permite integração de TI-TO.

“Impossível não notar problemas na economia do Brasil, da Argentina e Venezuela mas mantemos essas áreas no nosso radar. Enquanto isso, temos encontrado boas oportunidades no México. Ainda que o setor de petróleo esteja numa fase de baixa, a América Latina sempre oferece oportunidades em áreas como alimentos e bebidas e farmacêutica. O Brasil mesmo tem sido bem agressivo em regular e implantar novas e melhores práticas nesses segmentos e temos uma boa solução para os novos requisitos. Muito significativo o sinal de aumentar a participação das energias renováveis – especialmente porque, na região, as grandes empresas da área de óleo e gás são estatais”, comentou o CEO da Rockwell. Mas essa integração de TI e TO não é sempre tranquila. Uma das grandes questões que rondam os envolvidos é se essa forma de trabalhar junto é de fato uma convergência ou apenas um nome diferente para absorção.

Sujeet Chand, VP e Chefe do departamento de Tecnologia da Rockwell acredita que é de fato convergência porque a TI vai ter a responsabilidade de gerenciar a rede à cargo da TO/TA (tecnologia de operação/automação). “Porque, se acontecer algum problema de segurança, o responsável por isso, em última instância, é o CIO – responsável por uma queda de rede, por falha na segurança em qualquer nível, em roubo de propriedade intelectual por meios virtuais, problemas com vírus ou hackers. Ele é o responsável pela rede da companhia toda e isso deve levar a uma convergência de fato porque tanto a rede corporativa quanto a rede industrial devem ser seguras. TI e TO terão que trabalhar juntas”.

E não ter a área industrial conectada é, segundo Sujeet, um falso senso de segurança porque muitas brechas estão nos procedimentos, nas pessoas. A segurança deve então ser implementada em camadas e ser integrada de ponta a ponta, precisa ter uma arquitetura pensada, desenhada e mantida por engenheiros especialistas. E ainda que a decisão seja por manter a área industrial separada, ela terá que ter arquitetura e procedimentos de segurança para evitar que um ataque aconteça a partir de dentro mesmo.

Mas Sujeet frisa que é preciso lembrar que não existe uma solução que uma vez implementada, será efetiva para sempre. É preciso atualizá-la constantemente porque as ameaças já conhecidas não são ameaças de fato se a planta possui uma arquitetura de proteção, mas ninguém está a salvo de um vírus novo. “É preciso sempre estar evoluindo então a Rockwell se cercou de bons parceiros especialistas nessas áreas como Symantech, Microsoft, Cisco e oferece arquitetura de segurança de alta performance, do sensor até o corporativo. E o trabalho conjunto com as empresas especialistas é que ele garante que o sistema legado vai conversar com os sistemas de segurança e ser efetivo. Assim, o que a Rockwell e seus parceiros oferecem é um guia para um sistema de segurança. Veja bem, não forçamos nossos clientes a usar produtos de nossos parceiros, mas eles podem dar uma visão bem completa de um sistema de segurança”.

E a automação, integração e conexão das empresas gera o famoso Big Data. Mas, precisamos mesmo de todos esses dados? Sujeet Chad é taxativo: dados por dados, não. “A manufatura gera muitos dados a cada microssegundo. Mas nem todos os dados são úteis, existe redundância, precisamos decidir quais dados são importantes, quais devemos guardar, etc. Existem dados que precisam ser processados na nuvem, como por exemplo, dados de um sensor de perfuração - onde a análise dos dados gera tendências de diversas variáveis que precisam ser utilizados em tempo real -, mas existem dados que podem ser trabalhados localmente”.

Empresas conectadas fazem o mundo da Indústria 4.0. mas muitas máquinas não estão sequer automatizadas. De fato, apenas 6% delas já se utilizam dos benefícios da IIoT. E o pessoal de TI não tem ideia de como vai integrá-las. “O primeiro passo é ter uma rede normatizada, com protocolos abertos, com sensores e instrumentos inteligentes. Veja que ainda há empresas querendo suporte para o Windows 3.1 e sistemas que já saíram de linha há décadas. E a tendência é que não se mexa no que está funcionando. Então, um dos nossos desafios é pegar um sistema legado e construir sobre ele uma infraestrutura que possibilite se beneficiar de pelo menos parte do que as novas tecnologias oferecem. Não existe empresa que não esteja estudando o assunto IIoT. É uma questão de tempo que todas estejam se movendo nessa direção. A Rockwell já está lá”.
 

 
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