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São Paulo, 13 de outubro de 2015

Exchange 2015: aprofundando conhecimentos

 
 
Some às incertezas da economia, a queda dos preços do petróleo e o fortalecimento do dólar e teremos sérios problemas nas indústrias de processo e em suas cadeias produtivas. Sim, não apenas no Brasil, no mundo. Mas crescem as oportunidades para a automação fazer a diferença. E esse é o foco principal do Emerson Global Users Exchange 2015, cujo tema é "Aumente sua expertise".

O presidente da Emerson Process Management, Steve Sonnenberg, afirmou que esse cenário no mínimo complicado é uma tremenda oportunidade. "Porque as companhias de petróleo e gás buscam aumentar a eficiência, reduzir custos e sair mais fortes. As indústrias podem aproveitar ao máximo seus ativos. Mas, como estão as suas empresas para reagir," perguntou Sonnenberg. O executivo contou ainda que, por todo o mundo, os executivos com quem fala querem melhorias transformadoras. Eles são pressionados por seus conselhos de administração, e afirmam que não é tempo para se contentar em ser tão bom como todos os outros.

"Desempenho, em qualquer campo, pode ser dividido em quadrantes, com o melhor das pessoas e das instalações no quadrante superior. E é possível estar em diferentes quadrantes em segurança, retrabalho, o retorno sobre ativos, confiabilidade, etc.

Claro que o que se quer é estar no quadrante superior e manter-se lá. E os engenheiros de automação estão entre as pessoas que melhor entendem as operações da planta. O que se precisa agora é encontrar uma abordagem diferente. Sonnenberg deu como exemplo a postura de, em vez de reagir a um incidente, utilizar dados e tecnologias preditivas para ver os próximos 15 minutos antes do ocorrido: o quadrante inferior gasta 3,5 vezes mais em manutenção que o quadrante superior. Então, há uma oportunidade de bilhões em poupanças globais se todas as empresas adotarem manutenção preditiva. E em áreas de segurança, disponibilidade e custos de energia, você encontra oportunidades semelhantes.

Sonnenberg afirmou que o quadrante superior escreve confiabilidade com um grande C, como parte de tudo o que acontece durante todo o ciclo de vida da planta. Esse grande C integra informação, sistemas e processos de trabalho de toda a operação e em todos os níveis, tornando mais transparente os riscos e ganhos e, assim, levando a gastar o tempo e o dinheiro nas áreas mais importantes. É ordenar todas as peças e conectá-las para que as informações certas cheguem às pessoas certas no momento certo, e sair da manutenção reativa para uma manutenção baseada em condição. Ter Confiabilidade não é responsabilidade apenas da equipe de manutenção, mas é uma estratégia de negócios. E em novas instalações, projetando Confiabilidade desde o início do projeto pode-se ganhar mais produção e economia com manutenção.

Durante a abertura do encontro anual de usuários, Sonnenberg lançou o “Projeto Certeza”, uma nova abordagem baseada em engenharia para melhorar a eficiência do aproveitamento de recursos e para tornar os cronogramas dos projetos mais confiáveis.

Jim Nyquist, presidente de Sistemas e Soluções da Emerson Process Management, afirmou que a indústria atingiu um ponto de inflexão em que os projetos não são mais sustentáveis - quiçá exequíveis - com o estouro nos orçamentos, que mexem com todo o cronograma e apenas uma mudança profunda, com uma abordagem verdadeiramente transformadora e abrangente pode dar conta do problema. Jim Nyquist, falou sobre a necessidade de abordagens de transformação na forma como a indústria realiza projetos. "Hoje, 65% dos projetos no valor de mais de US $ 1 bilhão e 35% dos projetos de $ 500.000.000 ficam pelo menos 25% acima do orçamento logo no início e em 50% no final. É um fato. Os orçamentos aumentaram, mas os gastos aumentaram ainda mais, especialmente nos projetos maiores e as razões vão desde o tamanho e complexidade dos projetos às suas localidades remotas onde a disponibilidade de estradas, energia e pessoas são obstáculos reais”. Para a Emerson, a solução é o Projeto Certeza.

"Metas de redução entre 20 e 30% nos orçamentos dos projetos estão se tornando comuns, e precisamos encontrar maneiras de tornar a conclusão mais previsível e confiável. Ao longo dos últimos anos, temos colaborado com muitos usuários e epecistas para explorar a forma como a indústria poderia alcançar tais objetivos. Combinamos nossa experiência coletiva e trabalhamos com parceiros como a Independent Project Analysis (IPA) - que faz benchmarks de projetos de capital, e aprenderam que os projetos no quadrante dos melhores são concluídos em metade do custo e do tempo dos projetos do quadrante inferior. Ou seja, o quadrante dos melhores pode realizar duas vezes mais que o quarto quadrante"

Nyquist identifica três imperativos para quadrante dos melhores: eliminar a complexidade; reduzir alterações; adaptação. Essas coisas são possíveis, e fazem parte do Projeto Certeza da Emerson.

"O Projeto Certeza começa com envolvimento já na fase de estudos de engenharia e design para definir as metas do projeto e estratégias de alto impacto para atingir essas metas. Ainda que automação responda por pouco mais de 4% do total do investimento de qualquer projeto, ela revela formas únicas – que podem ser repetidas - para eliminar custos, reduzir a complexidade e acomodar mudanças de fase final do projeto. Nyquist explicou que, com a utilização da estratégia do Projeto Certeza, pode-se eliminar boa parte dos requisitos de controle centralizados e pode ainda eliminar até 60% da necessidade de tubulação em algumas aplicações, sem contar com economia de dezenas de milhões de dólares na redução da necessidade de peças de reposição por meio de análise de confiabilidade de equipamentos de todo o projeto. Segundo Nyquist, o Projeto Certeza também facilita o fluxo de trabalho entre fornecedores abordando de forma única a complexidade dos dados e a necessária documentação com tecnologias, e dessa forma melhora o desempenho do cronograma do projeto. Tecnologias como electronic marshalling e wireless pervasive sensing ajudam as equipes de projeto a acomodar alterações inevitáveis de design de última hora, sem afetar programação.

"Olhe para as coisas de forma diferente, tenha insights, troque ideias e encontre seu caminho. Quando você quiser realizar algo, pode contar com a Emerson para que isso aconteça. Vamos ajudá-lo a alcançar um desempenho no quadrante dos melhores. Temos as tecnologias, o conhecimento e a experiência. Provamos que podemos fazê-lo, e gostaríamos de fazer com você", convida Sonnenberg.

Peter Zornio, chefe de estratégia da Emerson Process Management, lembrou que a empresa está completando 125 anos. “Durante esse tempo temos construído um legado de inovação repleto de marcos tecnológicos dedicados aos nossos clientes, tornando-os mais competitivos e aptos a encarar as mudanças do mercado”. Peter destacou o trabalho conjunto da Emerson com a OsiSoft e com a MCafee, e as mais recentes aquisições: Ameya Transmissions, Cascade Technologies, Enardo, Energy Solutions International, Ineco SpA, Paine Electronics, Spectrex e Yggdrasil.

O vice-presidente para Wireless, Bob Karschnia, apresentou de como o Pervasive Sensing da Emerson está ajudando os clientes a resolver desafios que superam o controle de processos tradicional, melhorando a visibilidade da planta em áreas como Confiabilidade, Segurança do Pessoal, Meio ambiente e Energia. Comentou o crescimento da tecnologia wireless na forma mais ampla possível. E dentre os nichos que mais crescem, Bob destacou a monitoração de pressão – inclusive na monitoração das válvulas de alívio, com o lançamento do manômetro wireless. “A plataforma Rosemount 3051S ganhou o Safety Awards da Exida deste ano, coroando o uso seguro da tecnologia wireless”, disse Bob..
 

 
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