Engenheiros e técnicos, de diferentes segmentos industriais e lugares do mundo, se reúnem esta semana na Automation Fair para discutir como as tecnologias de automação podem tornar seus processos mais eficientes e rentáveis. Representantes da Rockwell Automation – organizadora do evento – e de indústrias que utilizam os hardwares e softwares fornecidos pela empresa apresentaram estudos de caso que ajudam a entender melhor a aplicação prática dessas tecnologias. O evento incluiu seções de treinamento, os Industry Forums, o Process Solutions User Group e a exposição de produtos da própria Rockwell Automation e dos 137 parceiros.

Essa edição tem como tema principal a “Connected Enterprise” – o conceito de integração dos dados gerados no chão-de-fábrica com as informações gerenciais, de forma segura. “Acreditamos que estamos em um ponto de convergência entre as tecnologias de controle e da informação, sendo aceleradas pelas novas tendências tecnológicas – como a internet das coisas. Chamamos essa visão de Connected Enterprise, e isso envolve operações industriais que são integradas, otimizadas, colaborativas e seguras, em várias operações”, explica o presidente da Rockwell Automation, Keith Nosbusch.

O executivo disse que a integração entre os milhares de ativos – que sempre tem algo a dizer, mas nem sempre estão sendo ouvidos porque ainda se mantém desconectados – trará maior produtividade e sustentabilidade às empresas. Isso irá auxiliar a vencer os desafios previstos para o final da década: em 2020, pelas suas projeções, a população global ultrapassará a marca de 7,6 bilhões de pessoas, ampliando o consumo de água em 30% e o de energia em 150% – o crescimento da demanda por alimentos, bens e habitação movimentará uma cifra de aproximadamente US$ 1 trilhão em investimentos voltados à produtividade.

A Rockwell Automation mantém com a Cisco um acordo para o desenvolvimento de uma infraestrutura de rede unificada, para disponibilizar os dados de produção onde eles possam gerar valor – com o padrão Ethernet IP, fabricantes e usuários maximizam os benefícios de big data, cloud computing e virtualização. O acordo inclui também parâmetros de cybersegurança – para proteger de forma eficaz os sistemas de informação e de controle em um ambiente no qual um firewall ou a desconexão de um equipamento instalado no chão de fábrica não são tão simples.

O vice presidente de Enterprise Networking Group da Cisco, Robert Soderbery, aponta a "Internet of Everything" como a próxima onda disruptiva, com todos os equipamentos e sistemas em constante comunicação através da internet – o que, nos próximos dez anos, movimentará US$ 14,4 trilhões. “Até 2020 teremos 50 bilhões de equipamentos conectados à Internet”.

O jornalista Flávio Bosco viajou a Houston / EUA à convite da Rockwell Automation