Revista Controle & Instrumentação
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São Paulo, 03 de abril de 2013

Seminário discute impactos da Lei de Informática

 

As empresas instaladas no país tem um mercado avaliado em US$ 4 bilhões – que hoje é atendido por equipamentos importados. “Há uma atratividade naquilo que o governo vem ajudando e se propondo há muitos anos”, destacou o diretor de Automação Industrial da Abinee, Nelson Ninin, durante o seminário Impactos da Lei de informática, realizado no Fórum Abinee Tec 2013.
Em 2012, o Brasil exportou US$ 551 milhões e importou US$ 3,9 bilhões em equipamentos para automação industrial – valor que representa o dobro do faturamento das empresas desse segmento, de R$ 3,9 bilhões. Essa diferença, explica Ninin, resulta das importações diretas feitas pelos clientes finais.
Os aparelhos eletromédicos lideram a lista de equipamentos importados – no ano passado, representaram US$ 723 milhões das compras externas. A lista também inclui sistemas prediais, com US$ 370 milhões importados em 2012, aparelhos e máquinas de medidas (US$ 300 milhões), circuitos e quadros de comando elétrico (US$ 200 milhões), instrumentos de medidas e ensaios (US$ 200 milhões) e analisadores de gás e fumaça (US$ 133 milhões) e controladores programáveis (US$ 79 milhões). Na avaliação do diretor, esta é uma oportunidade para ampliar a produção local – usando os incentivos da Lei de Informática.
Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação apontam que o faturamento com produtos incentivados pela Lei da Informática representa um terço (R$ 578 milhões) do faturamento total das empresas da área de automação que possuem algum tipo de incentivo. Atualmente 12 empresas do setor estão habilitadas pela Secretaria de Política de Informática - Sepin, órgão do Ministério que recebe e analisa os projetos de P&D das empresas que utilizam as isenções fiscais previstas na lei: Altus, Audaces, Balluff, Digicon, Ecil, Full Gauge, Microblau, Novus, Rockwell, Sense, Schneider e Weg. “Antes de receber esse incentivo, a Weg não tinha 30% de mercado. E hoje eles passam de 50% e exportam muito mais, uma prova de que o produto torna-se muito mais competitivo”, destaca o diretor.
O seminário marcou a publicação do livro “O Brasil na Infoera”, sobre os 20 anos da Lei de Informática. Além de Nelson Ninin, representantes dos setores de energia, telecomunicações e informática apresentaram os impactos dos incentivos fiscais para a produção nacional.

 





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