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A VDI-Brasil, Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha, promoveu a 6ª edição do Simpósio Internacional de Excelência em Produção, com o tema: “Indústria 4.0 – curto, médio e longo prazo”. O encontro reuniu palestrantes da Alemanha e do Brasil e teve como público-alvo empresários de indústrias nacionais e multinacionais, presidentes, diretores, engenheiros, estudantes e demais interessados no mundo tecnológico.

O evento foi aberto por Wilson Bricio, Presidente da VDI-Brasil e ZF América do Sul e Carlos Buch Pastoriza, Presidente da Abimaq. João Emílio Padovani Gonçalves, Gerente Executivo de Política Industrial da CNI e Jefferson Gomes, Diretor Regional do Senai/SC e Professor do ITA, falam sobre "A situação da indústria no Brasil". Martin Bodewig, Sócio da Roland Berger Strategy Consultants (Alemanha), discorreu sobre "O crescimento da indústria na Alemanha".

O Painel I tratou da "Indústria 4.0 - Aplicação na prática", teve como moderador o presidente executivo da Abimaq, José Velloso, e como palestrantes, Danilo Lapastini, Vice-presidente da Hexagon; Edouard Mekhalian, Diretor Geral da Kuka Roboter do Brasil; Renato Buselli, Senior Vice President, Siemens Ltda. Digital Factory; Klaus Ellner,

Supervisor da Engenharia de Manufatura Armação da Volkswagen do Brasil e D. I George Cox, Lanxess (Alemanha). O Painel II focou na "Indústria 4.0 - Desafios futuros", foi moderado pelo Prof. Dr. Eduardo de Senzi Zancul, da USP e contou com as observações de Chris P. Wittke, Gerente Geral da Planta de Iracemápolis da Mercedes-Benz do Brasil; Hans-Jürgen Klose, Diretor da Staufen-Táktica; Paulo Roberto Santos, Regional Product Manager da Festo-Region Americas e José Rizzo Hahn, Presidente da Pollux Automation.

A indústria brasileira tem passado por altos e baixos o que causou problemas e reforçou características de nosso mercado e, ainda que os empresários nacionais sejam receptivos a novas tecnologias, a economia força-os a buscar resultados em curto e médio prazos. Nos últimos 50 anos, o chão de fábrica da Alemanha e do Japão passou por cinco gerações de robôs; se o Brasil quiser fazer parte da Indústria 4.0, precisa de novos processos e investir em tecnologia. Principalmente porque, segundo alguns especialistas, a maior parte da indústria brasileira ainda está na indústria 2.0. Segundo Alfredo Ferrari, engenheiro Mecânico e Vice-Presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta da Abimaq, a idade média do universo de máquinas-ferramenta no país é 17 anos contra sete a oito anos nos países considerados potências industriais. Não há estatísticas confiáveis, mas estima-se que metade desse parque de máquinas, instalado principalmente em micro e pequenas empresas, é composto por máquinas convencionais. E ainda, uma empresa brasileira gasta, em média, 37% mais do que uma americana na aquisição do mesmo maquinário.

Renato Buselli, Senior Vice Presidente da Siemens, refletiu sobre como a digitalização na manufatura impacta o C2B, colocando o consumidor em destaque e com poder de ditar tendências dentro da cadeia de valor industrial. A questão que o executivo coloca é como se adaptar, como reduzir as grandes distâncias em termos de competitividade e investimento tecnológico entre as empresas brasileiras e seus maiores competidores globais. Buselli falou a respeito do conceito desenvolvido pela Siemens denominado Digital Twin, com um backbone center para coordenar a cadeia virtual da produção desde o início, gerando ganhos de até 40%. Esse conceito leva à Digital Enterprise, que engloba uma série de outras ações como crowdsourcing design, system-driven product, lifecycle analitycs, aditive manufacturing, inteligente automation, advanced robotics, etc.

O executivo da VW contou como a empresa vem incluindo, desde 1998, o conceito de Indústria 4.0 em seus procedimentos, enquanto o diretor geral da Kuka apresentou novos modelos de robôs – mais flexíveis, sensíveis e com mais eixos – reafirmando que a robótica não existe para causar problemas de empregabilidade.
 
 
 
 
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