Revista Controle & Instrumentação Edição nº 266 2021
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Cover Page
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Jornada de Transformação
Digital do setor de papel e celulose |
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Se alguém ficasse apenas com a superfície de no- alguém ficasse apenas com a superfície de notícias que pregavam ícias que pregavam que a indústria de papel desa- ue a indústria de papel desapareceria, com a digitalização e a economia circu- areceria, com a digitalização e a economia circular, deveria pensar em rever essa ideia. ar, deveria pensar em rever essa ideia.
“Papel é cool novamente apel é cool novamente”, disse Cristiano Teixeira, , disse Cristiano Teixeira,
presidente da Klabin, em um evento internacional do se- residente da Klabin, em um evento internacional do setor, ano passado. or, ano passado.
As projeções de crescimento dos últimos dois anos ti- s projeções de crescimento dos últimos dois anos tiveram de ser revistas a partir da Pandemia – que apontavam eram de ser revistas a partir da Pandemia – que apontavam
forte queda em 2020, com todos os mercados amargan- orte queda em 2020, com todos os mercados amargando perdas significativas, com exceção da China. De fato, a o perdas significativas, com exceção da China. De fato, a
Pandemia catalisou tendências globais, destacando a digi- andemia catalisou tendências globais, destacando a digitalização e o trabalho remoto na indústria. Some-se a isso, alização e o trabalho remoto na indústria. Some-se a isso,
o ensino a distância e o comércio eletrônico avançando, e ensino a distância e o comércio eletrônico avançando, e
pode-se imaginar o impacto no setor de papel e celulose. ode-se imaginar o impacto no setor de papel e celulose.
Ressalte-se que alguns ambientes organizacionais são essalte-se que alguns ambientes organizacionais são
mais propícios à inovação – caso do setor de papel e celu- ais propícios à inovação – caso do setor de papel e celulose, que percebeu que soluções ecologicamente corretas ose, que percebeu que soluções ecologicamente corretas
aumentavam a competitividade, e estimulavam as empresas umentavam a competitividade, e estimulavam as empresas
a se transformarem. Nesse contexto, as tecnologias disrupti- se transformarem. Nesse contexto, as tecnologias disruptivas emergiram como instrumentos, para relacionar assuntos as emergiram como instrumentos, para relacionar assuntos
do ambiente, tecnologia, RH e produção, permitindo que o ambiente, tecnologia, RH e produção, permitindo que
o dia a dia seja programado, e funcione como propulsor de dia a dia seja programado, e funcione como propulsor de
mais inovação. Para quem não vê a sustentabilidade do uso ais inovação. Para quem não vê a sustentabilidade do uso
da tecnologia, vale lembrar que, ainda nos anos 1990, John a tecnologia, vale lembrar que, ainda nos anos 1990, John
Elkington ampliou o conceito de sustentabilidade, criando lkington ampliou o conceito de sustentabilidade, criando
o triple bottom line riple bottom line, com a integração do viés econômico, com a integração do viés econômico,
social e ambiental – sua teoria defende que os aspectos eco- ocial e ambiental – sua teoria defende que os aspectos econômicos não são suficientes para a sustentabilidade global ômicos não são suficientes para a sustentabilidade global
de uma organização, por isso é preciso alinhar os aspectos e uma organização, por isso é preciso alinhar os aspectos
econômicos ao contexto social e ambiental. |
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Integração é palavra-chave: a Internet das Coisas ntegração é palavra-chave: a Internet das Coisas
também não é resultante de apenas uma nova tecnolo- ambém não é resultante de apenas uma nova tecnologia, mas de várias, que se complementam. E se um dos ia, mas de várias, que se complementam. E se um dos maiores desafios da indústria de papel e celulose é garan- aiores desafios da indústria de papel e celulose é garantir o funcionamento ininterrupto de sua produção, é pela ir o funcionamento ininterrupto de sua produção, é pela
integração de tecnologias – sensores, algoritmos, gêmeos ntegração de tecnologias – sensores, algoritmos, gêmeos
digitais, e outras – que ela alcança esse objetivo. igitais, e outras – que ela alcança esse objetivo.
O setor já é altamente automatizado, tem, por cultu- setor já é altamente automatizado, tem, por cultura, aproveitar o máximo potencial das tecnologias e, por a, aproveitar o máximo potencial das tecnologias e, por
isso, há algum tempo, tecnologias como Artificial Intelli- sso, há algum tempo, tecnologias como Artificial Intelligence, IIoT, Machine Learning e Digital Twin começaram ence, IIoT, Machine Learning e Digital Twin começaram
a ser implantadas, tornando a extração, o processamento ser implantadas, tornando a extração, o processamento
e a análise de dados, automatizados e precisos. As tecno- a análise de dados, automatizados e precisos. As tecnologias estão em toda a cadeia do negócio, desde o flores- ogias estão em toda a cadeia do negócio, desde o florestamento e captação da madeira, produção, logística etc.: amento e captação da madeira, produção, logística etc.:
rastreiam o fluxo de material, em tempo real, da colhei- astreiam o fluxo de material, em tempo real, da colheitadeira para a fábrica, com otimização da entrega, análi- adeira para a fábrica, com otimização da entrega, análises avançadas, para melhorar todas as fases da produção es avançadas, para melhorar todas as fases da produção
como o controle de kappa e aumento de rendimento da omo o controle de kappa e aumento de rendimento da
fibra, sempre com otimização do uso de energia.
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Segundo estudo da Mckinsey, as empresas que es- egundo estudo da Mckinsey, as empresas que estão maximizando seu retorno sobre o investimento digi- ão maximizando seu retorno sobre o investimento digital fazem bem três coisas: al fazem bem três coisas: capturam o valor e colocam apturam o valor e colocam
capacitadores de tecnologia certos, nos lugares certos; apacitadores de tecnologia certos, nos lugares certos;
criam novos recursos internamente, já que a riam novos recursos internamente, já que a transformação di- ransformação digital requer novas habilidades e novas maneiras de trabalhar; e ital requer novas habilidades e novas maneiras de trabalhar; e
gerenciam as mudanças, afinal, mesmo a erenciam as mudanças, afinal, mesmo as melhores soluções elhores soluções
não agregam valor, a menos que sejam bem adotadas. ão agregam valor, a menos que sejam bem adotadas. |
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1 - Marco Coghi – Presidente da ISA Campinas; 2 - Cassius Barros – Gerente
de aplicações na Yokogawa; 3 - Gabriel Morgan da Silva – Gerente de serviços
industriais – Valmet; 4 - Danuza Santana – Gerente de desenvolvimento de
portifólio da América do Sul – Siemens; 5 - Ivan Medeiros – Gerente de vendas
de soluções digitals e sistemas de automação – Voith Paper; 6 - João Pedro –
Consultor Sênior de soluções para América Latina da divisão de APM - AspenTech;
7 - Paulo Henrique Cardoso Mendes – Consultor de Manutenção – Suzano;
8 - Raquel Goulart – Especialista na gerência de tecnologia de automação
corporativa – Klabin; 9 - Flávio Mine – Diretor Setorial Papel e Celulose da ISA
Campinas e Engenheiro de Manutenção na Cenibra |
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Uma solução efetiva pede conhecimento, bons parceiros e pessoal bem-preparado. “É preciso dominar os
conceitos, e utilizá-los apropriadamente em cada segmento da indústria. Por isso, a Seção Campinas da ISA – International Society of Automation –, estabeleceu diretorias
setoriais, reunindo os pares de cada segmento, para otimizar as discussões técnicas. Com essa visão, já organizou
cinco seminários, para tratar de assuntos ligados ao estado
da arte, inovações, transformação digital e outros itens da
automação industrial setorizada. Setorizar dá melhor eficácia, na tratativa de assuntos de estudo de caso, problemas enfrentados, particularidades dos sistemas, e aplicações pelos profissionais envolvidos em cada setor – temos
reunido mais de 500 participantes efetivos, em média, em
cada seminário”, conta Marco Coghi – Presidente da ISA
Campinas.
O Seminário de Automação na Indústria de Celulose
e Papel deste ano, focado em apresentar cases do setor, e
identificar os valores agregados, gerados com a adoção de
tecnologias, teve Suzano e Klabin como âncoras, e tratou
de assuntos, como monitoramento e gestão de ativos e
de alarmes, ferramentas para construir uma operação 4.0,
como está sendo a jornada da digitalização na indústria
de papel e celulose, e cases reais.
“O debate sobre os Fatores Críticos de Sucesso para
projetos de inovação, Indústria 4.0, Transformação Digital,
avaliando os desafios de implementar, e sobre capacitação
e preparação das pessoas, dentro desta nova revolução industrial, gera um compartilhamento de experiências, e uma
colaboração extremamente relevante para o setor”, afirma
Flávio Mine – Diretor Setorial Papel e Celulose da ISA
Campinas, e Engenheiro de Manutenção, na Cenibra.
Mine pontua que já era comum as empresas possuírem um Plano Diretor de Automação, para direcionar investimentos, e que, com os ganhos obtidos através do uso
e mineração dos dados, surgem novas tecnologias, chamadas emergentes, que agora estão sendo consideradas em
investimentos futuros; migrando de um Plano Diretor de
Automação para Plano Diretor de Digitalização – que pode
ser dividido em etapas, conforme modelo de maturidade
da Acatech (figura).
Mas, por onde começar? Mine sugere a criação de
um grupo de trabalho multidisciplinar, e a capacitação
de profissionais que irão conduzir os projetos e iniciativas
desta 4ª Revolução Industrial, e a digitalização de processos manuais de obtenção de dados, como o primeiro
passo. Em seguida, a avaliação da maturidade das empresas, identificação de gaps, entre os objetivos estratégicos
da empresa e situação atual, a convergência entre OT &
IT e a elaboração de um RoadMap, que suportará toda a
estratégia e planejamento para condução deste processo
de Transformação Digital das empresas, conforme a metodologia sugerida pela Acatech (figura).
Alguns fornecedores de automação também oferecem soluções para os projetos de Digitalização e Indústria 4.0. Mas, agora, existem novos players: as startups entraram também nesse mercado – avaliado em US$ 348,83
bilhões, em 2019, projetado para atingir US$ 368,10 bilhões, em 2027, segundo a Fortune Business Insights. |
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| As startups vieram para contribuir com a Inovação
Aberta, e acelerar as iniciativas ligadas ao processo de
Transformação Digital e Indústria 4.0.
Estudo da AFRY Management Consulting, e da Pöyry
no Brasil, apontava, em 2020, que a demanda por papel
de imprimir e escrever, e o segmento de tissue, cresceram.
E também que foi aquecido o mercado de embalagens,
devido à maior demanda por produtos considerados essenciais, em especial em função da Pandemia.
Com mudanças na demanda por produtos ambientalmente corretos, plantas energeticamente eficientes, e
margens pressionadas, o setor já se ajustava antes da Pandemia e, além de otimizações pontuais, esperava o startup de três grandes projetos de celulose no Brasil: o da LD
– Amadeus (MG), o da Bracell (SP), e o da Klabin (PR).
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| LD Celulose
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| A LD Celulose S.A. é uma joint venture, entre a austríaca Lenzing e a brasileira Dexco, implantando uma das
maiores fábricas de celulose solúvel do mundo, no Triângulo Mineiro. Com investimento estimado de R$ 5,2 bilhões, a planta fica entre
os municípios de Indianópolis e Araguari, e terá
capacidade para produzir 500 mil toneladas
de celulose solúvel, por
ano. A celulose produzida aí será utilizada na
indústria têxtil, gerando
tecidos com inovação,
sustentabilidade e alta
tecnologia.
Iniciada em agosto
de 2019, a obra segue
em ritmo acelerado,
para o início das operações no primeiro semestre de 2022. Pioneira
na transformação digital
na América Latina, executando os projetos e
bases de dados dos sistemas de forma totalmente integrada, a planta
está sendo totalmente
construída com os mais
modernos sistemas de
engenharia de processo,
engenharia esquemática
e tridimensional, com a
integração de todos os
bancos de dados da planta, digitalizando todo seu ativo.
Com investimento de US$ 1,3 bilhão, e pioneira no Brasil
em projeto 100% em 3D, a planta está sendo totalmente
construída com os mais modernos sistemas de engenharia
de processo e tridimensional.
O objetivo é agregar inovação, em todo o processo de construção que atualmente forma a espinha dorsal
da LD Celulose, com ferramentas de engenharia esquemática, modelos em 3D, e base de dados integrada, que
abrangem o projeto, a construção, o start-up, a operação
e a manutenção da fábrica.
Para a implantação do sistema, foram utilizadas ferramentas de domínio de todo o grupo e, posteriormente,
criadas configurações de base de dados própria, a qual
as empresas alimentam, com os seus projetos. Os sistemas buscam vantagens na segurança do processo, além
da antecipação da avaliação da operação, por meio de
modelos consistentes antes da construção física, então,
quando entrar em operação, a fábrica terá reunido, em
um só banco de dados, as informações dos mais de 70
mil documentos de engenharia, necessários ao longo de
cerca de 50 meses, entre implantação e construção.
A modelagem em 3D catalogada cria o chamado
“gêmeo digital”, uma representação virtual da fábrica, que permite antecipar ajustes, avaliar alternativas de
construção e montagem, otimizar o planejamento como
um todo, além de permitir colaboração global para otimizações nos processos, e produção usando tecnologias do
mundo inteiro. A visualização em 3D, e toda a informação disponível em banco de dados, aumentam a eficácia
da operação, possibilitando o rastreio de toda especificação necessária para a manutenção da fábrica.
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| E a atualização da base de dados do sistema é feita
semanalmente, possibilitando a validação das informações fornecidas e, se necessário, realizar revisões com
agilidade.
Quando estiver em operação, a planta terá capacidade de produzir 500 mil toneladas de celulose solúvel,
por ano, que serão utilizadas para produção
de roupas, produtos de higiene, beleza,
entre outros. Além disso, o processo de
produção gerará cerca de 144 MW
de energia limpa, sendo que mais de
50% deste total será comercializado e
distribuído na rede nacional de distribuição de energia.
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Gustavo Dessotti Pinto, PMO &
Intelligence System Coordinator da LD Celulose, conta que a empresa desenvolveu um Plano de
Gerenciamento do Projeto Amadeus. “Este documento
fornece, para o time de projeto, bem como outras partes
interessadas, a organização, padronização e integração da
metodologia de gestão de projetos e procedimentos operacionais aplicáveis, permitindo a melhoria e perpetuação
dessa metodologia, nos investimentos atuais e futuros da
LD Celulose S/A”, conta Gustavo. |
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| Dentro do Plano de Gerenciamento do Amadeus,
denominado PMP, há um capítulo detalhado e exclusivo,
sobre a utilização de Ferramentas e Sistemas de Engenharia, em especial que fala sobre a solução escolhida para
gestão integrada de engenharia do Projeto, para garantir
total colaboração e transferência de dados atualizados e
confiáveis, entre todas as disciplinas, ao longo de todo
o ciclo de vida da planta. A LD Celulose utiliza o
sistema de engenharia para indústrias de processo, contendo soluções CAE (Engenharia Assistida
por Computador), CMMS (Sistema de Gerenciamento de Manutenção Computadorizado). Essa
ferramenta (da Siemens) realiza ainda uma gestão
integrada de projetos, desde o planejamento até a
manutenção, permitindo a aplicação simultânea de
engenharia, onde fluxogramas e dados de engenharia podem ser manuseados por vários engenheiros, técnicos
e designers, ao mesmo tempo.
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| A solução de design integrado 3D (da Aveva) permite
o desenvolvimento de modelos 3D para design detalhado, produzindo todos os resultados do projeto associados,
dentro dos seus módulos específicos, com design 3D interativo, verificação de consistência, e listas de materiais;
produção de desenhos em escala, a partir do modelo 3D;
e produção de isométricos.
Gustavo conta ainda que o Projeto Amadeus é pioneiro na transformação digital na América Latina, executando os projetos e bases de dados dos sistemas, de forma
totalmente integrada, em apenas uma base central.
Para o Projeto Amadeus, a LD Celulose desenvolveu
um Padrão de Engenharia de Sistema Contratual, que
deve ser seguido pelos parceiros. Esse projeto envolveu a
definição das ferramentas; definição da configuração do
projeto (referência de massa de dados), com simbologia
do projeto, critérios de tag, templates; metodologia de
compartilhamento de trabalho; atualização e sincronização de bases de dados semanalmente – monitoramento
e gerenciamento; determinação de um nível de detalhamento compatível, entre todos os fornecedores e todas as
ilhas de processo; quais padrões devem ser seguidos; ter
os principais documentos para o ciclo de vida da planta,
como PIDs, diagramas EIA padronizados; além de definir
a Administração, treinamento e suporte aos usuários da
LD e seus fornecedores, na implantação do projeto.
“Dessa forma, a fábrica terá reunido, em um só banco
de dados, todas as informações dos mais de 70 mil documentos de engenharia. Toda a informação é consultada de
forma digital, diretamente dentro das bases de dados do
gestor eletrônico de documento (Greendocs), engenharia
esquemática (Comos) detalhamento 3D (Aveva E3D). E em
termos de Central de documentação, tanto a temporária
para o projeto, quanto a permanente para operação, alguns resultados já podem ser contabilizados, como a redução da área e mobiliário do arquivo impresso em cerca
de 90%, comparado com projetos similares; a redução de
80% da infraestrutura corporativa (recursos, impressoras,
plotters, papel, toner), comparada aos padrões de mercado; redução de 50% dos custos com todo o processo de
gestão de documentação, atuando com time mais enxuto,
especializado e de alta performance”, conta Gustavo, que
ressalta que a LD desenvolveu um o Plano de Gerenciamento do Projeto, para fornecer a organização, padronização e integração da metodologia de gestão de projetos,
e dos procedimentos operacionais aplicáveis, permitindo
a melhoria e perpetuação dessa metodologia nos investimentos atuais e futuros e, dentro do Plano de Gerenciamento (PMP), temos um capítulo detalhado sobre a
utilização de Ferramentas e Sistemas de Engenharia, que
permitiram a digitalização – como o Comos, que realiza
uma gestão integrada, multidisciplinar está sendo aplicado em todas as fases do projeto; o Aveva E3D – solução
de design integrado. “O Amadeus é pioneiro na transformação digital na América Latina, executando os projetos e
bases de dados dos sistemas, de forma totalmente integrada, em apenas uma base central”.
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| Projeto Star – Bracell
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| O Projeto Star, a nova fábrica da Bracell, é um ambicioso esforço para expansão da capacidade atual de produção. Ele representa o maior investimento privado, no
Estado de São Paulo, nos últimos 20 anos, e vem criando
oportunidades de desenvolvimento econômico e social,
não apenas em Lençóis Paulista e Macatuba, mas também
nas proximidades de Agudos, Areiópolis, Borebi, Bauru,
Pederneiras, São Manuel, Barra Bonita, Jaú e Igaraçu do
Tietê, e em todo o Estado de São Paulo.
O startup viabilizou o ambicioso projeto de expansão da companhia em São Paulo, que irá diversificar e aumentar a produção da unidade para 1,5 milhão de toneladas de celulose solúvel, ou até 3 milhões de toneladas
de celulose kraft, por ano. Com o início das operações, a
empresa passa a ser a maior produtora de celulose solúvel
do mundo.
A Bracell tem a maior caldeira de recuperação do
mundo, e o primeiro gaseificador de biomassa em operação no setor de Papel e Celulose na América do Sul. Estes
e outros investimentos, com foco em desenvolvimento
sustentável e economia circular, refletem a preocupação
da empresa com o clima, com a comunidade e com o
país. A nova fábrica foi construída com duas linhas, que
operam de forma flexível. Nos próximos dois anos, o planejamento da produção será realizado em etapas, com
foco na estabilidade operacional dos dois produtos. Após
este período, as linhas serão utilizadas para a produção
de celulose solúvel ou celulose Kraft, de acordo com as
demandas da companhia. E o projeto contará com o que
existe de melhor, em termos de tecnologia para o setor,
aliado à estrutura da Bracell, e mão-de-obra capacitada
já existente na região.
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| “A Bracell possui um Plano Diretor, que foi desenvolvido pela equipe de Engenharia e Manutenção da
companhia, para orientar os colaboradores, por meio de
procedimentos e instruções de trabalho em atividades técnicas em campo. O documento define uma estratégia de
trabalho, com norteadores que dividem as ações e responsabilidades em três etapas: a construção do Projeto Star,
o período de startup e estabilização; e após a estabilização
da fábrica. A Rede Industrial do Projeto Star foi projetada
pelas áreas TI e TO, com os princípios da Indústria 4.0,
totalmente integrada, e com suporte para obtenção de informações gerenciais, para subsidiar a tomada de decisão.
Para otimizar o processo, criou-se o Business Partner, uma
posição que envolve as duas áreas técnicas, para integrar
e acelerar iniciativas inovadoras, ligadas a temas como Cybersegurança”, conta Ciro Cesar Nascimento Tasso, gerente de TI da Bracell, que destaca
que as equipes de Automação e
de Engenharia de Manutenção
por lá fazem parte da Coordenação de Confiabilidade,
e os trabalhos realizados
pelos times contemplam digitalização, desenhos e ações
descritas.
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| “Nas fases de finalização do Projeto Star, startup e
estabilização da fábrica, o foco da automação está em
garantir as instalações e funcionalidades, ou seja, garantir
que o que foi adquirido pelo projeto funcione e gere valor.
Existem ainda as etapas de utilização das ferramentas, e o
mapeamento de softwares e sistemas, que possam integrar as tecnologias,” esclarece Ciro.
E nem poderia ser diferente, já que a Bracell é sócia-fundadora do grupo C4IR, centro afiliado do Fórum
Econômico Mundial, focado na Indústria 4.0, cujo objetivo é discutir e implementar tecnologias emergentes e
disruptivas, a fim de aumentar a produtividade, a competitividade e o desenvolvimento social. Esses temas são debatidos no grupo, e geram potenciais melhorias, a serem
implementadas na Bracell – que tem o cuidado de manter treinados, com as tecnologias implementadas, todos
os públicos envolvidos, das áreas de tecnologia, operação
e manutenção, passam por treinamentos; isso faz parte
do plano de implementação da empresa. Da mesma forma, a Bracell escolhe parceiros que estejam alinhados aos
seus objetivos, ligados às soluções digitais e de Indústria
4.0; seus fornecedores precisam ser aderentes à estratégia
de longo prazo, e oferecer soluções que se comuniquem
com os sistemas existentes, além de atender aos requisitos
de disponibilidade de equipamento, de confiabilidade e
de previsibilidade de falha.
Ciro conta ainda que os conceitos de economia
circular e produção sustentável estão presentes em todos os processos da Bracell, desde a geração da própria
energia limpa, até o reaproveitamento de resíduos. “O
plano de expansão da Bracell é 100% focado em redução
de impactos ambientais, preservação do meio ambiente e sustentabilidade. Somos pioneiros na construção de
uma fábrica de celulose de nova geração, que fornecerá
produtos flexíveis e biodegradáveis, usando a mais avançada tecnologia. Com o início das operações da nova fábrica, o Projeto Star, a Bracell será capaz de diversificar
e aumentar a produção, para 1,5 milhão de toneladas
de celulose solúvel, ou até 3 milhões de toneladas de
celulose kraft, por ano”.
Outro foco da Bracell é a geração e distribuição de
energia elétrica limpa para as operações da planta, então,
investiu em equipamentos de última geração e alta tecnologia nos seus ciclos de processos, e até construiu uma
nova subestação de 440kV, conectada à rede de transmissão com tecnologia GIS (Gás Insuflado), com capacidade
instalada de 420 MW, movidos por três turbogeradores,
que são suficientes para atender a demanda da fábrica, e
permitir a exportação para a rede SIN – Sistema Interligado Nacional –, de cerca de 150 MW a 180 MW excedentes de energia de fontes renováveis, sem emissões de
Gases de Efeito Estufa (GEE), capazes de atender 750.000
residências, ou cerca de três milhões de pessoas.
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| Puma – Klabin
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| A Klabin – maior exportadora de papel do Brasil,
com 23 fábricas aqui no país e uma na Argentina – está
numa jornada de transformação digital, porque algumas
iniciativas já foram implementadas, outras em estudo e
desenvolvimento. Com um investimento de R$ 8,5 bilhões, a Klabin colocou em operação o Projeto Puma, em
2016, que já nasceu na Indústria 4.0. Com outros R$ 9,1
bilhões de investimentos, a empresa elaborou o Projeto
Puma II, que deu partida na primeira máquina de papel
(MP27) do projeto, que tem capacidade de 450 mil toneladas de Eukaliner, primeiro papel kraftliner do mundo,
feito 100% com fibras de eucalipto.
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| A visão da equipe da Klabin é de que a Indústria 4.0
é a indústria inteligente, apoiando os processos industriais
e buscando trabalhar de forma disruptiva, em colaboração com todos os envolvidos – colaboradores, clientes e
fornecedores.
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| A integração e a convergência, das novas tecnologias
habilitadoras com os processos, formam o conceito-chave
da Indústria 4.0, sem esquecer que as pessoas são a base
de tudo.
Para facilitar o andamento dos projetos de digitalização, a Klabin criou Comitês de Transformação Digital, formados por colaboradores de diversas áreas, para garantir
a governança das demandas de tecnologia.
O Plano Diretor da Klabin começou em 2018, e busca avançar seu nível de maturidade. Nesse caminho, já
tem controle, desde a parte florestal até a logística. Mais
novidades devem aparecer em breve, até porque a Klabin
está para lançar sua própria nuvem – hoje trabalha com
a Amazon.
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| Veracel - Suzano
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| Com projetos de inovação ligados ao aumento de
eficiência, somente nos últimos dois anos, a Veracel
implementou diversas iniciativas no conceito de Indústria 4.0, porque acredita que a transformação digital e a
ampliação de conectividade trazem enormes benefícios,
tanto do ponto de vista de eficiência e redução de custos,
quanto da gestão da informação.
A empresa tem trabalhado a transformação digital,
através da sinergia entre TI e o time Industrial. E, entre
as iniciativas, está a implementação do wifi industrial
(que possui mecanismos de segurança de dados específicos para esta finalidade) em todo o chão-de–fábrica, o que vai permitir a utilização de celulares com reconhecimento térmico, em todo processo de inspeção
operacional da companhia. Esses celulares poderão
alimentar o histórico de desempenho de cada equipamento, reportando dados de forma contínua para as
nossas avaliações.
Outro projeto – em andamento – é a implementação de sensores de monitoramento dos ativos industriais,
para a verificação online da condição dos equipamentos, sem a necessidade de que um operador conecte
cabos de leitura para realizar a análise das informações
da máquina.
A Veracel trabalha agora na renovação da sala de
confiabilidade 4.0, que vai centralizar todos os dados
monitorados de toda planta, com visibilidade de informações de monitoramento em tempo real, transformando
dados em informação, e abastecendo de forma contínua
os gestores responsáveis.
A empresa passou a utilizar inteligência artificial,
alinhada ao conceito de manutenção, para prever
problemas e necessidades do maquinário da fábrica:
o projeto está em execução desde agosto de 2020,
e foi possível, através de dados históricos, predizer
falhas de equipamentos, com até 6 semanas de antecedência.
Mas nenhum setor vive apenas de grandes projetos.
As pequenas melhorias e implantação de tecnologias
de maneira pontual são constantes no setor.
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| Gaia III – Irani
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| A catarinense Irani Papel e Embalagens tem buscado
a melhoria de seus ativos, tanto que pretende investir R$
1,2 bilhão, até 2025 – concentrando-se em 2023 –, como
preparação para um ciclo de crescimento. A empresa
deve instalar uma nova unidade de papelão ondulado em
Minas Gerais, vai repotencializar pequenas centrais hidrelétricas, para garantir autossuficiência energética, e continuar tocando o projeto Gaia III, atualização tecnológica da máquina #2 da Unidade Papel de Vargem Bonita/SC
– um investimento de R$ 57.612,00 que está finalizando
a engenharia básica, e deve startar no final de 2022.
A iniciativa mais recente da Irani – em parceria com
a Nanox Tecnologia – foi o desenvolvimento de uma embalagem de papel que é antiviral, antibacteriana e antifúngica. A empresa diz estar pronta para oferecer o produto aos clientes, e vê maior potencial de adesão entre os
frigoríficos, as indústrias alimentícias, além dos segmentos
de e-commerce e delivery.
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| Cenibra
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| A Cenibra – Celulose Nipo-Brasileira S.A –, que está
celebrando 48 anos neste setembro, vive em constante
busca do ponto ótimo de todo o seu negócio.
Fundada em 1973, a Empresa pertence ao Japan
Brazil Paper and Pulp Resources Development – JBP –,
um grupo de empresas japonesas, tendo a Oji Holdings
como principal acionista. Localizada no município de Belo
Oriente, região leste do Estado de Minas Gerais, a Empresa tem capacidade de produção de 1.200.000 toneladas
de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto. Possui cerca de 8 mil empregados próprios e terceiros.
A celulose da Cenibra está presente em mercados
como Ásia (54%), Europa (32%), América do Norte (12%)
e mercado interno (2%). O produto é utilizado na fabricação de papéis para fins sanitários, papéis especiais, para
imprimir e escrever, papel cartão e embalagens.
A unidade industrial é abastecida com madeira de
áreas próprias, arrendadas e madeira adquirida de pequenos produtores, por meio do Programa Fomento Florestal – programa que está presente em 80 municípios
mineiros, e que representou 16% da madeira consumida
na indústria, em 2020.
Apoiada nas melhores práticas e tecnologias, a Cenibra realiza uma série de iniciativas, que contribuem para
o desenvolvimento de seu negócio de maneira sustentável
– possui programas de monitoramento de água, solo, fauna e flora, desenvolvidos em parceria com universidades e
organizações não-governamentais, e alinhados a padrões
rigorosos de certificações ambientais. Tanto que, em 2021,
a Cenibra foi a grande vencedora, na categoria “Melhor
Empresa” do Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade &
Amor à Natureza, considerado o Oscar da ecologia brasileira, por ser a maior premiação do país na área ambiental.
Os níveis crescentes de eficiência alcançados pela Cenibra são fruto da capacitação constante, e da alta qualidade de seus empregados. A Empresa desenvolve programas,
que oferecem oportunidades de crescimento, e promovem o gerenciamento de talentos, para assumir posições
gerenciais e estratégicas. Essas iniciativas visam a aumentar
o nível de engajamento das equipes, por meio da ampliação do autoconhecimento dos líderes, bem como o desenvolvimento de comportamentos mais eficazes para liderar.
Ao longo dos anos, foi naturalmente sendo modernizada, e atingiu um estágio de plenitude das novas tecnologias,
a automação de processos seguiu um planejamento, com
vistas à modernização do seu parque tecnológico. Com a
chegada exponencial das novas tecnologias – o conjunto trazido pelos conceitos da Indústria 4.0 – houve a necessidade
de maior integração entre a TA/TO e TI, juntos, foi possível
replanejar o processo de modernização, e agregar a ele a
transformação de forma mais ampla, em que estas três áreas
focam na sustentabilidade da empresa, associada fortemente ao conceito EGS (Ambiental, Social e Governança).
A capacitação de funcionários com as novas tecnologias é essencial neste processo transformacional, em que
o desafio de conhecer as novas tecnologias, e aplicá-las
de forma a gerarem resultados para o negócio, é minimizado, quando há um conhecimento técnico consolidado.
Distinguir o que é onda tecnológica e o que é um gerador de valor para o negócio não é tarefa simples, sempre
requer maturidade e decisões consensadas. Um projeto
inovador deve ter o envolvimento das áreas de
tecnologia, e também operacionais, juntos,
aumentam a possibilidade de sucesso.
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“A Cenibra tem um planejamento para
os próximos anos, e um time muito
qualificado, que discute frequentemente os próximos passos tecnológicos do
negócio, a fim de mantê-lo sustentável.
E é válido lembrar que nem todas as tentativas são exitosas, entretanto, a corporação deve possuir uma boa resiliência às falhas,
caso contrário, o processo inovador fica comprometido”,
ressalta Ronaldo Ribeiro, gerente do DETIN – departamento de TI e Telecom da Cenibra. |
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| A Cenibra tem aplicado com sucesso tecnologias
como Machine Learning, Drones, Edge Computing,
Cloud, Realidade Virtual e Aumentada, Internet das coisas e outras, é uma jornada de longo prazo, temos um
planejamento estratégico de tecnologias, alinhado com a
estratégia do negócio. Muitas iniciativas estão em curso,
com Provas de Conceito – testes de curta duração e de
baixo custo – e, caso sejam bem-sucedidas, são ampliadas para outras unidades de negócio.
Sabendo que as pessoas são a base de todos os processos, a Cenibra iniciou recentemente um programa de
pós-graduação, com foco em conceitos de Big Data e Ciência de Dados, para mais de 30 funcionários, e há uma
expectativa grande para este grupo, pelo uso de Inteligência Artificial nas atividades do dia-a–dia, com a melhoria
dos processos e consequente melhoria nos resultados.
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| “Mensurar os ganhos em se implantar uma nova tecnologia nem sempre é tarefa fácil; em alguns casos, dependendo do tipo de projeto, é possível calcular os retornos de
forma mensurável, mas, em outros, somente conseguimos
ver os benefícios quando a ferramenta implantada tem uma
paralisação, por exemplo, para uma atualização tecnológica, e os usuários não mais conseguem conviver sem ela.
Também é possível observar que tecnologias implantadas
no passado possibilitaram uma operação mais tranquila de
algumas unidades, durante a Pandemia. É sábio avaliar o
valor que as novas tecnologias estão trazendo para os negócios, não somente o quanto em retorno financeiro. Estamos
em um momento em que temos de repensar no ambiental, no social e na governança, tudo isto gera mais valor ao
negócio, do que rendimentos financeiros, somente”, pontua Ronaldo, que vê o setor entrando em uma nova onda,
onde os cuidados com o ser humano trazem um novo modelo de gestão, que inclui as comunidades nas quais as
empresas estão inseridas, com projetos maravilhosos, que
promovem verdadeiramente o aumento da dignidade dos
seres humanos. Para consolidar esta nova era, as empresas
têm investido em um modelo de governança focada em
compliance e gestão de riscos, em que a verdade e a ética
reforçam a sustentabilidade dos negócios.
“Na Cenibra, não tem sido diferente, estamos fortemente inseridos nos conceitos ESG, com ações concretas
para preservação ambiental, de forma sustentável, muitos
investimentos nas comunidades em que a empresa está
inserida, e também nas relações com as pessoas, e uma
onda forte de governança, trazendo como contribuição a
cultura japonesa que nos é repassada, desde a fundação
da empresa,” conta Ronaldo.
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| Economia circular
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| O Setor de Celulose e Papel é altamente dependente do
meio ambiente, então, para sua sustentabilidade, ele sempre
foi muito cuidadoso, e os conceitos trazidos pelo ESG chegam
em um momento que fortalece este cuidado, que o setor já
possuía. Muitas iniciativas são percebidas para preservação
ambiental, como exemplo, os cuidados com solo, água, redução de emissões atmosféricas, dentre outras iniciativas.
A celulose solúvel é uma matéria-prima extremamente rica para a indústria. Sobre o uso da celulose como matéria-prima, vale ressaltar que ela é aplicada na produção
de diversos bens de consumo e produtos para a indústria,
como embalagens, papeis de impressão, de uso médicohospitalar, sanitários e autoadesivos. Nestes casos, são valorizadas as propriedades físicas das fibras, como resistência,
comprimento e capacidade de absorção de água. Entretanto, outras características do insumo, como o grau de pureza, têm se tornado um coringa para a indústria, que está
constantemente buscando reduzir seus impactos ambientais, e se tornar mais sustentável. Na indústria têxtil, por
exemplo, a utilização da celulose empregada na fabricação
de tecidos, principalmente da viscose, é produzida através da purificação química da madeira, atingindo pureza
semelhante à do algodão, e viabilizando a produção de
tecidos confortáveis, respiráveis e versáteis.
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