Revista Controle & Instrumentação Edição nº 258 2020
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Cover Page
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Os sistemas embarcados estão enraizados no nosso
dia-a-dia. O primeiro sistema embarcado reconhecido
foi o Apollo Guidance Computer, desenvolvido
por Charles Stark Draper, no MIT, para a NASA, que operava
em tempo real, era considerado o item eletrônico mais arriscado
do projeto Apollo, e que usou circuitos integrados monolíticos
para reduzir o tamanho e o peso do equipamento.
Pode-se considerar que o primeiro sistema de computação
embarcada foi construído em 1961, para o Minuteman,
míssil balístico intercontinental
da Força Aérea dos EUA, que
foi construído com transistores
discretos e portas lógicas, uma
arquitetura inovadora na época,
anterior à revolução do circuito
integrado. |
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O primeiro sistema embarcado baseado em microprocessador
foi o Air Data Computer Central, incorporado
ao F -14A Tomcat. Lançado em 1970, o sistema lidou com
as variáveis aviônicas e de tratamento de vôo, cálculo de
balanço de configuração de asa do F -14, além de fornecer
informações sobre a velocidade e altitude – era de oito
processadores, e 19 chips de memória. O projeto começou
em 1968, e representou o primeiro sistema de controle
totalmente digital para orientar as aeronaves – antes tudo
era controlado por motores elétricos e sistemas hidráulicos.
E a existência desse projeto foi mantida em segredo, até os
anos 1990, ainda que – ou talvez porque – os sistemas embarcados
tenham tomado o mercado na década de 1980
, com a integração sistemas-on-a-chip, que combinam um
microprocessador, RAM , controladores de entrada /saída,
e quaisquer outros sistemas de controles em um pacote de
circuito integrado. Os sistemas embarcados são mais baratos,
mas menos flexíveis que os convencionais. |
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Pequena e com muitas funções, a Certi desenvolveu,
em 2017, a primeira placa na América Latina a rodar Linux
– ideal para desenvolver protótipos, pois, há compatibilidade
com a IDE do Arduino e MicroPython.
O Polo de Inovação Fortaleza, do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, desde 2013,
atua em Mobilidade Digital e Sistemas Embarcados, e define
um sistema embarcado (ou sistema embutido) como
um sistema microprocessado, no qual o computador é
completamente encapsulado, ou dedicado ao dispositivo
ou sistema que ele controla. |
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Gustavo Henrique Nihei, Coordenador
de Sistemas Embarcados da Fundação
CERTI, ressalta que os sistemas embarcados,
diferentemente de computadores
de propósito geral, são sistemas
computacionais desenvolvidos
para atender um propósito específico.
Além disso, geralmente precisam
atender a algumas restrições, impostas
pelo tipo de aplicação a ser desempenhada,
como executar computações garantindo
um tempo de resposta (restrições de tempo real), ou baixo
consumo de energia, quando são operados por bateria. |
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Uma tecnologia de automação, geralmente, é composta
por sistemas de sensoriamento e atuação. Em sistemas
MES (Manufacturing Execution Systems), por exemplo, é
crescente o emprego de sistemas embarcados para auxiliar
na rastreabilidade de recursos, durante as etapas do processo
produtivo. De modo similar, o uso de sistemas embarcados
em aplicações de tecnologia de informação contribui, não
somente para a geração de grande volume de dados para
computação em nuvem, viabilizando análises cada vez mais
precisas, como também para o aumento da eficiência no
processamento e refinamento dos dados através de computação
na borda (do inglês edge computing). |
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Ronaldo Ribeiro, gerente do
departamento de TI e Telecom da
Cenibra – Celulose Nipo-Brasileira
S.A. – lembra que, diferentemente
de computadores de propósito
geral, como o computador pessoal,
um sistema embarcado realiza
um conjunto de tarefas predefinidas,
geralmente com requisitos específicos.
“Já que o sistema é dedicado a tarefas específicas,
através de engenharia, pode-se otimizar o projeto,
reduzindo tamanho, recursos computacionais e custo do
produto. Como suas funções são dedicadas a tarefas específicas,
podem-se otimizar os recursos computacionais, seu
tamanho físico e o custo do produto. Como possuem uma
engenharia própria e são bem específicos, não podem ser
reprogramados para outras funções, que não as projetadas.
E os conceitos tecnológicos mais recentes têm defendido
que os próprios dispositivos que geram os dados façam seu
tratamento; dados brutos gerados, por exemplo, pelos IoTs,
seriam tratados pelos dispositivos que os geraram, então,
eles devem fazer uma análise criteriosa em quais dados deverão
trafegar para a rede. Se os dispositivos puderem executar
mais processamento nos dados brutos localmente, no
nó de extremidade (no próprio hardware local), menos dados
brutos deverão ser transmitidos. Esse conceito é conhecido
como computação de borda (Edge Computing). Desta
forma, há uma tendência para este encapsulamento e para
transformar os sistemas tradicionais em equipamentos um
pouco mais inteligentes, embarcando algumas tecnologias,
que antes somente eram vistas nos sistemas de controles
mais avançados da TI e OT”. |
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Marco Milan, especialista em
PLM (Precision Land Manager),
da New Holland Agriculture,
destaca que os sistemas embarcados
estão muito presentes
na agroindústria. “São
todos os componentes e tecnologias
disponibilizados de fábrica
em máquinas agrícolas. E aí podemos
encaixar tecnologias, como o piloto
automático, telemetria, módulos de controle de aplicação,
mapeamento de colheita, etc... E, neste cenário, podemos considerar sistemas de pulverização, que controlam a taxa
de aplicação, de acordo com a oscilação de velocidade
ou mapas de prescrição pré-definidos em software, bem
como o desligamento de seções na barra de pulverização,
quando o sistema reconhece, por GPS, as áreas já aplicadas
– garantindo redução de uso de defensivos, e do risco
de perda de produção por questões de sobretaxa aplicada.
No caso da TI, também na telemetria, que, no campo,
consiste em coletar estas informações da máquina, e disponibilizá-
las em um portal, para que o cliente ou gestor
da frota monitore as operações remotamente, identificando
falhas, alertas ou gargalos operacionais”. |
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O especialista de produto de IPC da
Beckhoff, Marcos José de Souza Rodrigues,
pontua que sistemas embarcados
na automação industrial “têm
por definição alta robustez, alto
desempenho, softwares compactos,
custo acessível, e facilidade na
integração com o usuário. São basicamente
hardwares compactos, com um
alto poder de processamento e integração
entre sistemas (TI + TA). Mas, nem toda a automação
e TI pode ser considerada como sistema embarcado.
Alguns sistemas de automação são baseados em CLPs,
e não controles embarcados, da mesma forma que sistemas
de TI, que são aplicados em hardwares grandes e compatíveis,
com a aplicação. Os sistemas embarcados da Beckhoff
(PCs Industriais) são altamente confiáveis, seguros e robustos,
além de possuírem baixo consumo de energia, e baixa
dissipação de calor, com alimentação principal 24Vdc. Os
PCs Embarcados são tecnologias em conceito aberto, com
hardwares e software dedicados e otimizados, para o maior
desempenho do sistema de automação”. |
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O engenheiro Clodoaldo Cabral
Arruda Neto, da Yokogawa, resume
um sistema embarcado como “aquele
que possui uma função dedicada,
dentro de um sistema mecânico, elétrico,
hidráulico, etc.; é um conjunto
de hardware e software dedicado ao
sistema que ele controla, desempenhando
apenas tarefas específicas e, desta
forma, os custos com hardware e software
para sua implementação são reduzidos. Mas,
nem todo o sistema de automação e TI pode ser
considerado um sistema embarcado. E existem
normas específicas para sistemas embarcados,
em alguns setores como, por exemplo, em sistemas
embarcados voltados para equipamentos
médicos, a Anvisa regulamenta uma série de critérios,
aos quais o equipamento é submetido.
A Yokogawa oferece o e-RT3 como um
sistema embarcado, baseado em Linux, e que
também permite a programação em Python.
Seu sistema foi criado com inúmeras bibliotecas, que permitem
redução de tempo de desenvolvimento, e o hardware,
sem ventilador, possibilita um baixo consumo de
energia, além de possibilitar a instalação em ambientes
agressivos”. |
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Cada vez mais presentes em nosso dia-a-dia, é fundamental
que qualquer sistema embarcado esteja em
constante operação, minimizando a ocorrência de falhas
e, mesmo na ocorrência destas, mantenha-se disponível.
“Dependendo do ambiente onde o sistema embarcado
está empregado, uma eventual indisponibilidade pode
trazer desconfortos ou pequenos prejuízos para seus usuários,
como um sistema de aquecimento, ou até mesmo
resultar em uma catástrofe, como no caso de sistemas
aviônicos. Com o objetivo de maximizar a confiabilidade
(dependability) e a segurança dos sistemas embarcados,
estes são desenvolvidos seguindo normas
específicas para cada tipo de aplicação. A norma
RTCA/DO-178C, por exemplo, determina uma série
de considerações para o desenvolvimento de software
embarcado em sistemas aviônicos. Dispositivos médicos
e sistemas automotivos são outros exemplos de sistemas
críticos”, afirma Gustavo Nihei. |
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O setor automotivo
vem recebendo
novos
sistemas, e estimulando
outros setores
a incorporarem
novas tecnologias,
veículos cada vez
mais inteligentes e
sustentáveis, que
esperam as cidades
inteligentes se
tornarem realidade.
Como
resume a
FCA, é uma
revolução de
conceitos, que trazem embutidos sistemas embarcados,
conjunto de centrais eletrônicas e suas respectivas
tecnologias, que são desenvolvidas no automóvel
com os respectivos softwares que, por sua vez, conectam
estas centrais eletrônicas, permitindo a troca de informações
entre elas. Os sistemas embarcados são aptos a interagir
com equipamentos externos, isto é, no processo de
manufatura, nas concessionárias, em comunicações “over
the air”, com os equipamentos de entidades governamentais,
etc. Quanto aos veículos elétricos, essas centrais
eletrônicas são diferentes e adaptadas ao sistema elétrico
propulsor e, na medida em que o usuário escolhe os conteúdos
do automóvel que quer comprar, ele está determinando
a tecnologia, ou mesmo quais centrais eletrônicas
irão compor o carro que ele irá comprar.
Quando a FCA desenvolve sistemas embarcados (arquiteturas
eletroeletrônicas) de um automóvel, integra as necessidades
do que o mercado pede no momento, mas também
integra uma visão do futuro, isto é, aquilo que estará no mercado,
no arco de aproximadamente quatro anos. Portanto, as
arquiteturas eletroeletrônicas de um automóvel, via-de-regra,
conseguem absorver novas tecnologias nesse período.
Sistemas embarcados já são realidade no setor automotivo,
e devem aumentar sua presença e relevância, porque
os carros autônomos estão chegando, e uma área onde eles
precisam ser melhorados é na navegação e segurança. Com
as tecnologias atuais, existem limitações às funções de navegação
e segurança – atualmente, os veículos usam RaDAR ou
LiDAR, com sistemas LiDAR de Tempo de Voo (ToF) sendo
predominantes, mas essas tecnologias têm
suas limitações. LiDAR e RaDAR trabalham
com o mesmo princípio, enviando uma
onda, e usando os reflexos para determinar
a distância, localização e velocidade
dos objetos ao redor; LiDAR utiliza laser
ou feixes de luz, RaDAR utiliza ondas de
rádio. Os sistemas de visão embarcados,
que utilizam LiDAR, permitem que os veículos
autônomos determinem, não apenas
a distância e a velocidade dos objetos
ao redor, mas também a forma para o reconhecimento
potencial do objeto. Embora
o LiDAR seja preferencial ao RaDAR, a
atual tecnologia LiDAR Time of Flight tem
suas limitações, pois, a capacidade de detecção
é baseada na intensidade de saída,
e ele é suscetível à interferência de outros
sistemas LiDAR, e até mesmo da luz solar.
Para resolver isso, a Frequency Modulated
Continuous Wave LiDAR, ou FMCW
LiDAR utiliza conhecimento do RaDAR, mudou a operação
do LIDAR de tempo de vôo para operação de deslocamento
de frequência. As próximas melhorias tecnológicas tornarão
possível ver objetos tão pequenos quanto 1,5” a 200 m.
Apesar de tamanha presença e importância, pouco
se pode escolher: podem-se acrescentar funções, mas raramente
determinar o fornecedor delas. Dependendo do
produto a ser adquirido, o usuário tem a opção de acrescentar
funcionalidades extras a uma configuração básica,
por exemplo, ao adquirir um carro com sensor de estacionamento.
Pode-se dizer que é uma relação direta, a
quantidade de funcionalidades agregadas a um produto,
e a quantidade de sistemas embarcados nele.
O usuário pode escolher se a tecnologia embarcada vai
conversar com outro dispositivo ou não. Daí a importância
de escolher um bom parceiro. A pesquisa do Polo de Inovação
vai até a TRL 6, que é a demonstração em ambiente
relevante. Neste estágio, a tecnologia está pronta para a realização
dos testes finais, visando à aplicação final e comercialização,
por exemplo, uma cinta médica que mede os
batimentos cardíacos do paciente, o protótipo já foi testado
em ambiente relevante, porém, a empresa precisa escalar a
produção e comercialização, assim como realizar testes em
ambientes operacionais. Após isso, a tecnologia é transferida
para a empresa que pode utilizar de forma imediata.
“De fato, em geral, o usuário não determina o que está
em um sistema embarcado, sua tecnologia e parametrizações
são aquelas que o fazem funcionar adequadamente;
a alternativa para o usuário é escolher um fornecedor que
possui maior compatibilidade com aquelas tecnologias
presentes em seu parque industrial. Mas, atualmente, já
existem empresas no mercado, atendendo com excelência
especificações técnicas e escopos variados, o que permite
uma maior interação entre as demandas dos usuários com
os sistemas embarcados”, comenta Ronaldo Ribeiro. |
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“Hoje, existe, disponível ao cliente,
um portfólio bastante completo de opções,
cabendo a ele escolher as tecnologias
que melhor atendem à sua necessidade.
O avanço no desenvolvimento de
novas tecnologias nos leva a aprimorar e
agregar cada vez mais soluções, do ponto
de vista de fábrica, uma vez que cada
uma delas visa a atender uma necessidade
diferente. Quando levamos esta análise
ao nível de dados, há uma grande
oportunidade para compartilhamento
de informações entre o cliente e demais
prestadores de serviços ou fornecedores
de soluções – aumentando a assertividade
no atendimento ao cliente e à sua
atividade,” corrobora Marco Milan.
“O que vai embarcado dependerá
muito do sistema em que o usuário
deseja controlar, incluindo critérios de
espaço, consumo de energia e processamento
requerido. No mundo da automação, o usuário
deve escolher um sistema que possibilite detecção de sinais
anormais para prever várias falhas de equipamentos;
análise da Causa Raiz; possibilidade de atribuição de índices
para controle da qualidade, etc.” ressalta Clodoaldo
Neto.
“Quando os sistemas embarcados são PCs Industriais,
a escolha deve ser baseada na configuração do hardware e
do software, como, por exemplo, a versão de sistema operacional,
ou tamanho de HDD (Hard Disk Drive), memória
RAM, entre outras coisas. Por se tratar de uma tecnologia
em conceito aberto, é possível embarcar diversos softwares
ou interfaces, de acordo com a necessidade do usuário.
Tudo depende da configuração base, escolhida pelo
usuário. Os sistemas embarcados da Beckhoff são preparados
para as novas tecnologias disruptivas, desde sua concepção
no ano de 2001: por se tratar de um PC Industrial
Embarcado e, devido a possuir um sistema operacional,
é facilmente relacionável a estas novas tecnologias. Com
essas tecnologias, é possível aplicar qualquer conceito de
tecnologia disruptiva facilmente, como Edge Computing, IoT, Machine Learning, entre outras,” diz Marcos José.
O conceito de Edge Computing tem agregado valor
aos equipamentos existentes, e possibilitam melhor rendimento
das máquinas e equipamentos, também é possível
inserir estes equipamentos nos novos conceitos, que
proporcionem a integração a sistemas inteligentes, ou que
permitam uma ampliação dos conceitos de predição de
falhas e prescrição de atividades de manutenção.
Gustavo Nihei lembra que, em algum nível, as novas
tecnologias, hoje consideradas disruptivas, contam com a
contribuição de sistemas embarcados: carros conectados em
cidades inteligentes, assistentes de voz para automação residencial,
câmeras inteligentes para aplicações de realidade
aumentada são alguns exemplos. “No âmbito da Indústria
4.0, o grande desafio enfrentado pela indústria é a modernização
da infraestrutura de sistemas produtivos legados. É
necessário que essa transição seja realizada de forma gradual,
e o ponto chave é a adição de conectividade à infraestrutura,
possibilitando o compartilhamento de dados e, consequentemente,
contribuindo para a modernização da gestão dos
sistemas produtivos. A grande variedade de redes de comunicação
sem fio, somada ao advento de redes neurais artificiais
em sistemas embarcados, é um fator catalisador para a transição
de sistemas produtivos legados à Indústria 4.0”.
Algumas empresas já se apresentam para automatizar
equipamentos no chão-de-fábrica, usando sistemas embarcados
inteligentes e de alta complexidade. Novas tecnologias
disruptivas, trazidas pela Indústria 4.0, como Internet das Coisas
(IoT), Inteligência artificial, processamento digital de sinais,
algoritmos de controle e armazenamento, conectividade,
cibersegurança, computação em nuvem, M2M, biometria,
CFTV, dentre outras tecnologias, já podem ser observadas no
portfólio de empresas que oferecem estes sistemas.
“Todo este movimento aproxima os dispositivos – agora
mais inteligentes – dos conceitos de Big Data e da possibilidade
de aplicação de algoritmos inteligentes com Inteligência
Artificial (IA), já que estão conectados pela IoT. Entendo
que, como nós humanos estamos sempre nos aprimorando,
os dispositivos também, por meio da computação de borda/
tecnologias embarcadas, terão possibilidade de oferecer
maior disponibilidade operacional, e de tomarem sugestões
de decisões mais inteligentes”, comenta Ronaldo Ribeiro. |
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O time da FCA Latam (Fiat Chrysler Automobiles) esteve
diretamente envolvido no desenvolvimento de soluções
globais, dedicadas a melhorar a experiência dos
clientes, e um dos resultados mais recentes desse excelente
trabalho é a nova central multimídia UConnect, a
primeira no mercado brasileiro a oferecer conexão sem
fio para Apple Carplay e Android Auto, além de conectar
dois celulares simultaneamente, via Bluetooth. Esta inovação
feita no Brasil será aplicada em todos os veículos
da FCA globalmente, em diferentes marcas do grupo.
O trabalho integrado dos talentos
nas áreas de Produto, Engenharia,
Qualidade, Design, Análise
Competitiva, Pesquisa de Mercado
e User Experience, Compras
e fornecedores estratégicos, foi
fundamental para que a empresa
entendesse o comportamento do
cliente, e oferecesse tecnologias
para ganhar o mundo. |
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Toda essa expertise e conhecimento não surgiram
do nada: o Polo Automotivo Fiat, localizado em
Betim (MG), completa 44 anos de atividades no Brasil,
já produziu 15,9 milhões de veículos, e passou por
muitas transformações, com incorporação de novas
tecnologias, para otimizar os processos de desenvolvimento
de novos produtos e capacidade de adaptação.
E o Centro de Pesquisa & Desenvolvimento da FCA é
capilarizado geograficamente, e conta com mais de 50
laboratórios instalados nas plantas de Betim e Pernambuco,
no Brasil, além de Córdoba, na Argentina. O time
Latam tem 100% de autonomia na América Latina para
o desenvolvimento de novos veículos, com grande nível
de qualidade e excelência. As tecnologias utilizadas
estão alinhadas com as melhores práticas globais, e vêm
possibilitando, não somente o desenvolvimento de produtos
de classe mundial, mas de pessoas, também.
O carro nasce inicialmente no ambiente digital: no
Virtual Center, as ferramentas de Realidade Virtual (VA)
e Realidade Aumentada (AR) possibilitam que as equipes
proponham e compartilhem modificações com os
parceiros de trabalho com mais agilidade, viabilizando
novas experimentações, até alcançar a excelência. Somente
após as complexas análises em 3D e 4D, e as
certificações digitais, são construídos
os primeiros modelos físicos
para testes. Os primeiros testes
físicos acontecem nos mais diversos
Laboratórios de Experimentação,
com o objetivo de certificar
sistemas e componentes, desenvolvidos
durante a fase virtual – a
estrutura da FCA é a mais completa
da América Latina, com
laboratórios de compatibilidade eletromagnética, eletroacústica,
fotometria, câmara climática, entre tantos
outros. Daí, o veículo segue para as pistas de teste, com
avaliações em ambiente controlado, para certificação
do veículo completo – tudo dentro do Centro de P&D.
O combate ao Covid-19 exigiu transformações
no Polo Automotivo Fiat, que se adaptou para tornar
segura a jornada para todos os colaboradores, e para
se tornar centro de referência na manutenção de respiradores
pulmonares, fora de operação nas unidades
de Saúde, e ainda converteu impressoras 3D para produção
de protetores faciais plásticos, os chamados face
shields, utilizados pelos profissionais da saúde que estão
na linha de frente no combate à pandemia. |
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