Revista Controle & Instrumentação Edição nº 242 2018
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Industry 4.0 e o controle de processos: desafios
para determinar o grau de automação das plantas
Carlos Eduardo Ribeiro de Barros Barateiro
- Universidade Estácio de Sá
Resumo
Esse tema aflige em grau crescente a grande maioria
dos diretores e gerentes, responsáveis pela instrumentação
e automação das plantas industriais. Todos são bombardeados
diariamente pelos modernos conceitos da quarta revolução
industrial. Smart Plants, sistemas ciber-físicos, autoorganização,
digitalização e análise de dados são as palavras
encontradas em todos os informes tecnológicos gerados na
academia e nas revistas especializadas. Mas, o que gera essa
aflição? A resposta é o conceito fundamental da economia:
temos necessidades e desejos infinitos ou ilimitados, no entanto,
os recursos produtivos ou fatores de produção estão
disponíveis de forma finita ou limitada. Em outras palavras:
a evolução tecnológica traz infinitas possibilidades para as
plantas industriais, porém, os recursos para sua implementação
são limitados. Óbvio que qualquer stakeholder que
tenha interesse em uma determinada unidade de produção
gostaria de operar com a mais alta produtividade tecnologicamente
possível, porém, essa curva de maximização depende
de vários fatores. Assim, baseado em uma pesquisa
com abordagem qualitativa e aplicação de uma metodologia
de análise de conteúdo com engenheiros, gerentes
e diretores de algumas das maiores plantas petroquímicas
em operação no Brasil, foi possível identificar os fatores que
embasam essa tomada de decisão: como determinar esse
grau de automação, destinado ao controle de processos
industriais de uma planta de processamento? A pesquisa
permitiu a construção de um modelo similar ao sumarizado
na pirâmide de Maslow, e que pode servir de orientador na
construção do plano diretor de automação que irá guiar os
passos da alta direção na implementação de novas soluções
de melhoria ou mesmo de upgrades.