Revista Controle & Instrumentação Edição nº 227 2017
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Wireless já |
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Você tem conhecimento para aproveitar os benefícios
da tecnologia wireless e do acesso remoto?
Porque agora é uma questão de “quando” e não
de “se” o uso de tecnologias wireless nos mais diversos
processos – o que não significa que todos os engenheiros
e operadores estão prontos para aceitar essas tecnologias
e utilizá-las da melhor forma. É preciso conhecimento e
perspectiva para aproveitá-las. E é necessário considerar
as expectativas. Porque os equipamentos inteligentes wireless
já são bem rápidos e confiáveis, mas muitos usuários
esperam que eles funcionem como os que trabalham
cabeados – o que não é o caso porque sempre vai existir
um fator de latência em um sistema wireless que não
existe para os cabos e é fundamental que o projeto da
rede leve isso em consideração. Porque problemas vão
aparecer quando a latência não for considerada, gerando
dificuldades para iniciar o sistema. Os fabricantes geralmente
orientam os usuários sobre o que esperar em relação
à latência e os engenheiros que projetam os sistemas
precisam determinar se essa latência é aceitável ou não.
Normalmente, elas não são muito grandes, mas precisam
ser discutidas.
Vale lembrar que para uma rede sem fio não há
uma tecnologia ou dispositivo que corresponda a todas
as aplicações porque os produtos são criados para aplicações
em determinada largura de banda, conexões de
usuário único ou multi-usuário, ponto-a-ponto, multiponto,
etc.
Então, para se familiarizar com o que está disponível,
o melhor é discutir aplicações com o fornecedor, integrador
ou revendedor. Eles também podem ajudar com o
design do sistema, os serviços de pré-instalação e outros
detalhes para que a rede funcione sem problemas. E sempre
fazer uma auditoria do local onde a rede vai trabalhar
porque, dependendo da tecnologia e do ambiente, utilizam-se diferentes frequências, espectros e potência de
transmissão, etc.
A segurança também é primordial e a maioria dos
equipamentos wireless vem com algum tipo de barreira
inerente a um sistema proprietário ou WPA2-AES padrão,
criptografia, filtragem de endereços MAC ou IP ou a disponibilidade
de logins específicos, etc. Os recursos de
segurança são muitos e necessários e, apesar de nunca
garantirem 100% de proteção, oferecem aos usuários um
certo nível de conforto de que sua planta e investimento
estão a salvo. |
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Mas, o que significa hoje
“sem fio”? Para Tomé Guerra,
responsável pela automação
no Industry Business
Group da Pöyry, significa ligação
de um instrumento ou
sensor sem necessidade de
cabeamento físico, com envio
de dados numa certa frequência
de transmissão através do ar. |
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Para Mario Molina, gerente
de marketing para wireless
da Emerson, qualquer equipamento
que envia e/ou
recebe dados através de
ondas ao invés de cabos
pode ser considerado um
equipamento wireless. “Esses
equipamentos reduzem drasticamente
o tempo e os custos de
instalação justamente por não precisarem de
cabos e conexões para seu funcionamento. A
tecnologia sem fio já faz parte de nossas vidas há muitos
anos, mas seu avanço tornou possível o seu uso também
em processos industriais. |
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Ronaldo Neves Ribeiro, gerente
do Departamento de Tecnologia
da Informação e Telecom
da Cenibra, ressalta que
“sem fio” hoje vai além do
que se imaginou há algum
tempo porque os novos
conceitos trazidos pela IIoT
- Industrial Internet Of Things
impõem a necessidade de conectar
mais sensores, aumentando
significativamente as “coisas” (sensores) que antes não se
imaginava conectadas. |
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Para Andre Nadais, gerente
de Marketing da
Endress+Hauser, “sem fio”
significa hoje um modo de
conexão a qualquer device
que possua essa tecnologia
sem que necessite
de cabeamento, desde
alimentação elétrica ou até
mesmo cabos de comunicação.
Pensando em aplicações reais
na indústria, o wireless permitiu infinitas possibilidades de
aplicações de automação onde no passado um cabo era
mandatório, como aumentar a segurança de um sistema
rotativo na indústria de cimentos, a partir do monitoramento
contínuo de temperatura em sistema sem fio. |
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Para Giuliano Bruno Martins
Guarese, coordenador
de projeto da Novus, “sem
fio” representa menor custo
de instalação e manutenção,
e mobilidade dos
equipamentos.
“Para indústrias que
precisam fazer controle com
sistemas críticos, o padrão wireless
mais indicado é o WirelessHart,
mas é o de maior custo; para quem busca um monitoCover
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ramento simples de sensores, o IEEE 802.15.4 tem várias
opções no mercado e menor custo; para quem precisa realizar
monitoramento de longo alcance como, por exemplo,
diversos sensores espalhados em uma cidade, alguns novos
padrões wireless estão surgindo: LoRa, Sigfox, NB-IoT.
Alguns deles necessitam vínculo com uma operadora de
telefonia, o que gera custo mensal fixo e necessidade de
cobertura de sinal; e ainda em outros casos haverá a necessidade
de gateways de comunicação. As tecnologias são
muitas e abrem possibilidades novas”, ressalta Guarese. |
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Ronaldo Ribeiro é a convergência TO+TI em pessoa:
egresso da automação da Cenibra, é responsável hoje pela
TI e Telecom da empresa, e ressalta que se deve escolher a
tecnologia que verdadeiramente oferecer maior segurança
à transmissão dos dados medidos, sem interrupções e com
possibilidades de intercabiabilidade com fabricantes distintos.
“Utilizar o ISA100+Hart, além de ser uma realidade, é
uma necessidade. Tanto que houve a evolução do padrão,
que agora tem maior abrangência para monitoração, controle
e segurança. Suas características oferecem aos usuários
uma maior confiabilidade pelo formato adotado pela
tecnologia porque não se limitou apenas à monitoração,
mas avançou para as conectividades com topologia Mesh,
melhorou a escalabilidade, permite gerenciamento multiprotocolo
e interoperabilidade real”.
Hoje o wireless industrial vai além do WirelessHart
ou ISA100, incluindo aplicações indústrias para Zigbee,
WiMax, GSM, WiFi, Bluetooth, NFC e 4G. É consenso
que o ISA100 e o WirelessHart são a realidade dominante
na indústria, com ISA100 ainda com base instalada muito
menor. “O importante é que o usuário não fique entre
a briga de fornecedores ou padrões, mas que tenha um
sistema alinhado e de fácil interoperabilidade com a planta”,
afirma Nadais. |
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Quanto a topologia, algumas podem ser utilizadas até
mesmo para economia de energia na geração do sinal, ainda
que a Mesh seja a mais utilizada e confiável por disponibilizar
caminhos redundantes quando de interferências
físicas. As topologias Mesh permitem maior conectividade
ativa entre os dispositivos, mas não excluem a necessidade
de um estudo do ambiente com análise das interferências
eletromagnéticas e para o dimensionamento correto das
antenas, etc. “Atualmente podemos usar antenas de 2 dbis
até 9 dbis o que possibilita alcances de até 3.000 metros,
dependendo do ambiente”, ressalta Ronaldo.
Guarese pontua que, apesar de muitos defenderem
as redes Mesh como ideal, por dar maior confiabilidade,
ela acaba sendo mais complexa e muitas vezes torna o
tempo não determinístico. Para ele, dependendo da aplicação,
uma rede com topologia estrela ou árvore pode
atender muito bem à aplicação com custos adequados,
tendo o tempo determinístico e conseguindo alcançar
confiabilidade próxima às redes Mesh, principalmente
nos casos de falha de comunicação em um dos nodos.
A intercambialidade entre as marcas é algo postulado,
mas nem todas disponibilizam opções wireless. Para WiHart,
as marcas mais conhecidas disponibilizam diversas aplicações
com intercambiabilidade testada e funcionando. Nadais
recomenda que o usuário escolha um produto wireless
que pertença a padrões abertos pois surgiram muitos protocolos
proprietários, o que dificulta a interoperabilidade e a
expansão em um ambiente multi-marcas.
“Por mais que muitos digam que a maior vulnerabilidade
das redes wireless esteja na fácil interceptação dos dados
que estão ‘no ar’, as redes wireless que utilizam criptografia
acabam sendo, muitas vezes, mais seguras que redes cabeadas,
uma vez que muitos protocolos cabeados não utilizam
qualquer tipo de criptografia e são de fácil acesso ao cabo de
comunicação. E tanto as redes wireless quanto as cabeadas
são suscetíveis a interrupção da comunicação, uma vez que
o cabo pode ser cortado e um bloqueador de sinal pode
impedir a comunicação wireless. Outra vulnerabilidade das
redes wireless é a perda do link de comunicação, muitas
vezes provocada pela má instalação que não previu folga no
enlace - qualidade do sinal”, coloca Guarese.
“Um ambiente industrial agressivo e poluído é um vilão
para os sistemas de instrumentação em geral e ainda mais
para os wireless. O baixo consumo de energia e novas tecnologias
de baterias já solucionaram problemas de alimentação
e alguns fornecedores garantem que as baterias de Lytio-thionyl
permitem operações por anos”, frisa Ronaldo.
O wireless pode suportar aplicativos, economizar cabos
e disponibilizar sinais e dados que nunca poderiam ser
coletados antes. Mas existem tantos dispositivos wireless,
topologias, configurações de antenas, frequências, protocolos
e outros detalhes que acabam dificultando a escolha
da solução certa. A tecnologia wireless faz parte do dia a
dia pessoal, empresarial e industrial, mas ainda é uma caixa
preta saber aplica-la corretamente porque possui muitas
possibilidades – que incluem aplicações híbridas, diferentes
modelos de backbones e dispositivos. As aplicações
wireless mais populares são o monitoramento de vibração
e desempenho do motor, monitoramentos diversos como
monitoramento de nível de tanques e de transferência de
custódia, interconexão de gateway de PLCs legados, vídeos-
vigilância, detecção de vazamentos, etc. |
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Para projetar, adquirir, implementar e manter soluções
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wireless em processos, algumas considerações são importantes.
É preciso estar atento à frequência - porque a distância
disponível diminui proporcionalmente à medida que aumenta
a frequência -, à sensibilidade do receptor; aos ruídos ou interferências
de radiofrequência (RF); à potência do transmissor,
à atenuação do sinal de rádio - que é afetado pela altura
das antenas e possíveis obstruções -, entre outros fatores. |
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Também é preciso escolher o espectro mais apropriado:
espectro de espalhamento de sequência direta (DSSS) - espalha
pacotes de dados em uma banda larga, transmitindo
efetivamente cada bit em muitos canais, lembrando que se o
DSSS permite maiores taxas de dados (> 1 Mbps) é vulnerável
a interferências - ou espectro de espalhamento de frequência
(FHSS) - que muda de frequência após cada pacote de dados
e trabalha com taxas de dados mais lentas (115.2 Kbd), mas é
mais robusto e menos vulnerável a interferências.
Atenção também à escolha entre os principais tipos
de antena: omnidirecional – montada verticalmente,
irradia energia a 360o em um plano preferencialmente
horizontal, pede vários transmissores e receptores em diferentes
direções e são boas para plantas industriais – e
a direcional Yagi - que irradiam energia em uma direção
específica, precisam ser direcionadas para o transmissor
ou receptor, exigem um alcance longo, mas oferecem
maiores ganhos. |
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A experiência mostra que as principais vulnerabilidades
de uma rede wireless estão na topologia do local da
instalação – o que pode ser resolvido com arquitetura Mesh
-, e a vida útil das baterias – o que se resolve monitorando
o diagnóstico de saúde e tempo de vida das mesmas, além
de uma manutenção adequada, reduzindo o tempo de
varredura das leituras. É um fato: o sinal wireless, seja qual
for a tecnologia, é muito afetado por estruturas físicas por
isso, como solução, utilizam-se repetidores na rede com a
intenção de “desviar” o sinal e manter a qualidade da rede.
E em algum lugar a rede wireless vai se encontrar com a cabeada.
Para isso, possuem adaptadores e/ou gateways em
que o sinal recebido é integrado aos sistemas de controle
através de cabos (ethernet, RS485, RS232 etc).
Guarese lembra que gateways que interliguem a
rede wireless com o sistema cabeado são necessários e,
dependendo do caso, eles podem ser simples como o Air-
Gate-Modbus que interliga a rede wireless a uma rede
Modbus-RTU por exemplo, ou mais complexos, como
gateways que possuam múltiplos protocolos wireless e
cabeados. Tudo depende da aplicação. Mesmo cada monitoração
tem suas particularidades como forma de registro
e geração de alarme para que o usuário possa atuar.
Atuação remota é uma possibilidade, porém, pode não
ter um tempo determinístico.
Claro, a experiência é maior na utilização do wireless
para monitoramento; existem poucas aplicações de atuação,
talvez devido ao receio de interferências na transmissão
e/ou falhas nos equipamentos que normalmente requerem
baterias; se for para atuar, que seja em algo não-crítico.
Para o executivo da Cenibra, a decisão de monitorar
o processo, fazer controle e a segurança da planta com
dispositivos wireless depende de fatores como: instalações
adequadas seguindo os requisitos da norma, pessoas capacitadas,
uma equipe de manutenção bem treinada para
atuar rapidamente nas ocorrências indesejadas e, mesmo
assim, não é uma decisão simples, mas aceitável para áreas
não críticas, em se cumprindo estes requisitos.
E hoje a tecnologia wireless pode ser utilizada em
negócios de qualquer tamanho: soluções modulares e de
fácil expansão estão permitindo que mesmo equipamentos
de baixo custo já tenham alguma comunicação sem
fio embutida, a exemplo do Micropilot FMR20 lançado
pela Endress+Hauser que tem Bluetooth disponível em
um medidor pronto para medição de nível e configuração
remota via smartphones - através de aplicativo gratuito e
com conectividade Bluetooth!
“Entendo que as tecnologias não podem se limitar
aos sensores fixos e hoje os dispositivos móveis precisam
estar 100% conectados - e quando falamos de conexão
com protocolos industriais é fundamental que sigam normas
utilizadas na indústria, em especial o padrão ISA100.
Não esquecendo que todos esses dispositivos conectados
gerando grande volume de dados não podem estar conectados
simplesmente aos sistemas de controles convencionais;
precisam enviar seus dados a sistemas com maior
capacidade de processamento para que aplicações de
maior inteligência sejam desenvolvidas através de conceitos
de Analytics, onde a transformação do dado em informação
evolui para conhecimento, promovendo a mudança
dos conceitos que conduzem à inteligência artificial”,
afirma Ronaldo para quem as tecnologias wireless estão
cada vez mais acessíveis, mas os decisores devem fazer
uma análise criteriosa e não pensar somente em reduzir
os custos de instalações; devem pensar principalmente na
redução das perdas durante a operação da planta.
Guarese lembra que a conexão com a nuvem pode
se dar de diversas formas, com o equipamento registrando
diretamente nela ou através de um gateway ou smartphone
que faz a coleta de um datalogger ou device; muita
coisa já existe em automação industrial que permite o
acesso de dados a nuvens corporativas.
O aumento da digitalização e as redes de comunicação
(com ou sem fio) têm aumentado as possíveis
aplicações envolvendo “nuvem”. “Há muitos anos a
Endress+Hauser tem usado um sistema de gerenciamento
de ativos baseado na nuvem - W@M - que permite
planejamento de rotinas de manutenção, sistema de
controle de inventário, acesso a dados e conexão com
softwares de diagnósticos ou ERP a partir de uma aplicação
na nuvem que liga a base de dados do fornecedor às
aplicações no usuário” diz Nadais.
Wireless é, hoje, realizada para qualquer tamanho de
empresa, de qualquer setor. A questão é escolher a tecnologia
certa para cada aplicação e utilizar os devices adequados
– sem esquecer das limitações de segurança e custo.
Para a utilização de celulares ou outros mobile numa
planta, por exemplo, além da classificação de áreas, é importante
fazer um estudo do caminho onde o instrumento será
usado, com apontamento de zonas de Fresnel que indicarão
quão altas as antenas precisarão ficar. Guarese lembra que
smartphones podem ser utilizados para monitoração e mesmo
atuação remota, observando normas e boas práticas.
O uso de smartphones já é uma realidade para acesso
a devices na indústria utilizando, por exemplo, tecnologias
como leitor de QR Code, NFC e Bluetooth, sem
esquecer do novo entrante, os drones, solução sem fio
voltada principalmente para imagens e vídeos na indústria.
“Orientada à Indústria 4.0, a Endress+Hauser tem
desenvolvido soluções para smartphone que vão desde
um app em Bluetooth com equipamentos de campo ou
identificação eletrônica de equipamentos através de tags
de RFID lidos por um app em smartphones com a tecnologia
NFC”, comenta Nadais.
Tomé Guerra lembra que os smartphones normalmente
usam as redes de telefonia - também susceptíveis a
falhas principalmente em ambientes industriais e locações
com nível e sinal comprometido, sendo preciso cuidado
redobrado. “Os drones estão começando a ser utilizados
na área industrial, sendo mais comuns na agricultura, em
plantas distribuídas em grandes áreas geográficas e dutos”.
Questões a serem respondidas incluem qual a frequência
licenciada ou a banda ISM; se a planta já possui
rede wireless; se está adicionando mais instrumentos ou
rádios a uma rede existente; quantos rádios serão adicionados
no momento? Haverá mais a ser acomodado no
futuro? Existem outras redes na área que podem causar
interferência? Quais são as implicações da latência - o
que acontece se o sinal demorar a chegar? Que tipo de
dados estão sendo transferidos? Quão distantes estão as
redes e quais suas características físicas e de obstrução?
Existe proteção contra raios?
Ou seja, para trabalhar com wireless, é básico lembrar
da física: comprimentos de onda que determinam
qual é a melhor frequência para o tipo de dados que se
quer enviar, a que velocidade, a qual distância, com quais
obstáculos e interferências. |
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WiCo
A tecnologia de transferência de energia sem fio
(WPT) usando acoplamento magnético de campo próximo
(NFMC) vem ganhando muita atenção, especialmente
na área de tarifação sem fio, mas existe outra
categoria denominada de “conectores/acopladores sem
fio” (WiCo) que utilizam os mesmos princípios físicos.
Os conectores sem fio são importantes onde os
mecânicos convencionais podem não ser confiáveis ????
ou mesmo não possam ser usados – como ambientes
onde há líquidos, sujos ou corrosivos. Além disso,
as conexões elétricas tornam-se desafiadoras quando
uma situação exige liberdade de movimento entre sistemas.
Uma área bem adaptada para conectores sem
fio é dos dispositivos médicos, que exigem um alto nível
de confiabilidade ainda que exposto a fluidos e a
tensões mecânicas. Os setores de robótica, automotivo
e de consumo também se beneficiariam da utilização
dos WiCos. |
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Então, os conectores wireless são uma boa opção
para transferência de energia ou dados em ambientes
hostis, além de possibilitar liberdade de movimento.
À medida que os avanços na tecnologia continuem e
os custos diminuam, é uma solução que deve ser cada
vez mais utilizada. Mas, não há um tamanho único para
conectores. Portanto, os desenvolvedores e os clientes
(OEM) devem reconhecer que é necessária uma solução
personalizada. E para o WiCo, a interoperabilidade
pode não ser necessária, pois o sistema normalmente é
“fechado”, o que significa que sempre haverá um transmissor
conhecido e o receptor correspondente – um par
acoplado.
O design de um sistema WiCo depende de fatores
como a distância máxima permitida (espaço livre) entre
o transmissor e o receptor nas três dimensões (x, y, z); a
potência necessária, limites de temperatura, tamanho,
exposição a líquidos, poeira, etc. e custo. |
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Segurança
Qualquer empresa hoje tem em mente a segurança
de conexão – entre máquinas, entre sites,
com a nuvem, etc. Conectar-se remotamente traz o
benefício da visibilidade do processo, da produtividade
e da eficiência operacional, mas sistemas previamente
isolados já se sabem expostos pois hackers
vivem a procura de superar as barreiras de proteção.
As perguntas básicas são “O que está conectado remotamente
aos sistemas? Tem-se visibilidade e segurança
adequadas com conexões externas? Como
equilibrar riscos e ganhos do acesso remoto de forma
responsável?”.
Mesmo que uma planta pareça isolada e desconectada,
a realidade é que os dados de produção
são muitas vezes enviados para o corporativo: conexões
remotas criam pontes digitais. E o que está em jogo é a
segurança e a integridade dos processos e a possibilidade
de hackers causarem paradas, dano ou destruição com
alguns cliques. |
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E é muito normal – e desejável - que nem todos saibam
quantos pontos de entrada e saída existem no sistema.
Existem muitas conexões diretas e caminhos entre os
sistemas de controle e operações comerciais, em alguns
casos, as conexões permitem o acesso às operações de
controle diretamente da Internet. Então, um primeiro
passo é garantir que os pontos de acesso e os caminhos
de dados sejam conhecidos e protegidos. Um inventário
físico é uma parte insuficiente; produtos de monitoramento
ICS especializados que podem descobrir dispositivos
são um complemento útil. E menos conexões quase
sempre oferecem soluções melhores e mais seguras. As
principais diretrizes de segurança cibernética exigem separação
intencional e segmentação de sistemas em zonas
conectadas por condutas cuidadosamente controladas.
Essas mesmas filosofias podem e devem ser aplicadas a
soluções de acesso remoto. A implementação de uma
Zona Desmilitarizada Industrial (DMZ) é uma prática recomendada. |
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