Revista Controle & Instrumentação – Edição nº 186 – 2013


¤ Artigos




A gestão da informação em sistemas empresariais de Business Intelligence

 

César Cassiolato
Diretor de Marketing, Qualidade e Engenharia de Projetos e
Serviços - Smar Equipamentos Industriais Ltda

Leandro Henrique Batista Torres
Gerente em Sistemas & Soluções – Smar Equipamentos
Industriais Ltda


Resumo
Através das últimas décadas, as organizações têm enfrentado diversas dificuldades de gerenciamento da informação em seus escritórios e unidades fabris. De muitas formas, o crescimento acelerado das informações eletrônicas só intensificaram tais questões principalmente nos últimos anos. Dentre as principais dificuldades podemos citar o baixo nível de integração entre sistemas de informação, que como consequência quase que direta, geram informações díspares ou ambíguas. Sem comentar os inúmeros sistemas legados que necessitam constantemente serem atualizados ou trocados. Isso quando os gerentes ou supervisores conseguem comprovar ou justificar ao corpo diretivo tais investimentos e seus reais impactos diretos e indiretos.

Ainda nessa corrente, encontramos situações de competição direta entre esses sistemas de informação, muito pela falta de um direcionamento estratégico claro para o desenvolvimento global do ambiente de tecnologia, não excluindo também a adoção limitada ou errada, por parte dos colaboradores, que invariavelmente se deparam com uma baixa qualidade de informação, o que se inclui a falta de consistência, duplicidade ou até mesmo sua desatualização. Podemos também indicar o baixo nível de reconhecimento e suporte ao gerenciamento da informação por parte dos profissionais seniores dessas empresas, que por sua experiência, têm ciência da frágil estrutura para implantação ou para melhorias, composta por poucos colaboradores e/ou poucos recursos.

Isso porque nem se comentou das dificuldades de se mudar as práticas de trabalho e processos dos colaboradores, nem da falta de definição de parâmetros, nomenclaturas e valores reconhecidamente incorporados ao dia-a-dia das empresas, que também se juntam aos vários fatores dificultadores na adoção de sistemas de informação eficientes. Toda essa lista de argumentos parece ser esmagadora para qualquer iniciativa, mas na realidade, existem formas muito práticas de se apresentar soluções que funcionem dentro desses cenários adversos. Dentre as principais chaves para o sucesso se pode citar a capacitação no reconhecimento e gerenciamento da complexidade, buscar benefícios tangíveis com foco em suas adoções e sempre mantendo o foco nas necessidades dos negócios e mitigando seus riscos. Nesse processo, questões como liderança e forte comunicação, aliados a capacidade de escolher o melhor "primeiro" projeto são essenciais na entrega de uma experiência sem sobressaltos para os usuários.




Medição de vazão com computadores de vazão: conceitos básicos, algoritmos e aplicações na área de oleo e gás

 

Carlos Eduardo Ribeiro de Barros Barateiro, Jorge Gomez Sanchez, Renato Soranz
Emerson Process Management – Brasil


Resumo
Em todos os sistemas de medição destinados a medição fiscal ou a transferência de custódia, necessariamente podemos observar a instalação de computadores de vazão que tem duas finalidades básicas: efetuar os cálculos de normalização dos valores para condições de referência e permitir a rastreabilidade das medições. A normalização dos valores é necessária porque todos os fluídos sofrem alterações em seu volume devido a alterações em sua pressão e temperatura – essas alterações são mais críticas nos gases, mas mesmo os líquidos sofrem dos mesmos efeitos. Já a questão da rastreabilidade é fundamental para permitir a verificação das condições de operação dos sistemas seja no tocante aos valores das variáveis primárias da medição, os valores calculados, alarmes e todos os eventos ocorridos que afetaram os valores calculados. Este artigo aborda os conceitos básicos da operação dos computadores de vazão, os algoritmos de cálculos implementados e principalmente alguns exemplos de aplicações desse tipo de equipamento na indústria de produção, distribuição, tratamento e refino de óleo e gás.




O papel estratégico dos sistemas ERP para a integração na cadeia de suprimentos1

 

Arcione Ferreira Viagi
Doutorando em Engenharia Mecânica
Aeronáutica, da área de Produção do
Instituto Tecnológico da Aeronáutica.
Professor Assistente III da Universidade
de Taubaté

João Murta Alves
Professor Doutor, Pesquisador do Instituto
Tecnológico da Aeronáutica - Departamento
de Engenharia Mecânica Aeronáutica
e do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia, na área de Produção

Isabel Cristina dos Santos
Professora Doutora, Pesquisadora do Programa
de Mestrado em Gestão e Desenvolvimento
Regional da Universidade de
Taubaté – Departamento de Economia,
Contábeis e Administração


Resumo
Este artigo descreve e compara o processo de decisão sobre a aquisição de sistemas no padrão Enterprise Resources Planning – ERP - em duas diferentes empresas do setor químico, que atuam em mercados distintos e, dada a natureza dos seus produtos, possuem diferentes abordagens de mercado. Trata-se de um relato de experiência, desenvolvido na forma do estudo de caso. As principais conclusões obtidas indicam que nos dois casos, o sistema ERP foi considerado um importante meio para integrar a cadeia de suprimentos. Porém, constatou-se a necessidade de estabelecer um corolário prévio de motivações, e níveis de integração dentro da cadeia, para definir as funcionalidades acessórias e que, juntamente com o sistema ERP, atenderão as especificidades de cada negócio. Esse conjunto de motivações definirá a configuração do sistema ou como proprietário, com grau elevado de customizações, ou do sistema padrão, com preservação da estrutura oferecida pelo fornecedor.




Transformando informação em conhecimento

 

Ricardo Simonacci
Especialista de Produto - Altus

Marcos Taccolini
CEO - Tatsoft


Resumo
Nos últimos dez anos, houve uma grande evolução nos computadores, sistemas de gestão e nas redes de comunicação. Tudo isso de maneira tão rápida e integrada em nosso cotidiano, que é normal perdemos a dimensão exata dessa escala de mudanças. Se voltarmos no tempo para analisar dados concretos, iremos perceber que a configuração de um computador de primeira linha, no início dos anos 2000, pode ser superada até mesmo por um dispositivo móvel nos dias de hoje. Um tablet, por exemplo, possui um processador mais rápido, mais eficiente e menor que um PC da década de 90.

A velocidade de processamento é muito maior e a velocidade das redes de comunicação teve um incremento enorme. Linguagens modernas de programação, auto gerenciáveis, como C# (CSharp) ainda nem estavam disponíveis naquela época. Trazendo o foco para os sistemas de informação de processos industriais e gerenciamento de negócios, esse novo cenário da computação permitiu que o volume de informações, coletadas e tratadas pelos sistemas, tivesse um aumento exponencial. Sistemas de aquisição de dados, Scada/HMI, MES (Gerenciamento do Processo de Produção), historiadores, com tratamento de um crescente volume de dados de diversas fontes e atuando de forma integrada com sistemas de TI, se tornaram comuns nos projetos de automação.




Automação 2.0 Como o uso de tendências de colaboração, analíticos e mobilidade transformará sua indústria

 

Christian Vieira
Líder de Soluções de Software para América Latina da GE Intelligent Platforms.
Graduado em Ciências da Computação com MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV e MBA em Gestão de TI pela FIAP
Certificado Microsoft Certified System Engineer, Microsoft Certified Database Administrator e Internet Specialist


Resumo
Estamos passando por um período onde a única constante é a mudança. Mudança que observamos em nossa vida pessoal, onde dados, informação, conectividade estão presentes em nossas atividades cotidianas e que nos faz elevar e muito a expectativa por mais informação visando melhorar a nossa qualidade de vida. Se observarmos exemplos como o Facebook por exemplo, veremos como um aplicativo feito para uma simples interação entre pessoas, se transformou em um Portal Social, onde imensas quantidades de dados são gerados com posts, fotos, onde estes dados agora são utilizados para gerar informação de preferências de usuários, predizer preferências de usuários e com isto conectar "pessoas e empresas" e acima de tudo, gerar colaboração entre usuários, sistemas, tecnologias e inter aplicativos. Alinhado com esta mudança, transformação e elevação de expectativas, o ambiente industrial tem sido também amplamente influenciado. Isto nos faz pensar em como podemos aproveitar este momento, onde a tecnologia, conectividade e mobilidade impermeia e aflora, para tornar nossos ativos, máquinas, linhas de produção, processo e indústria em geral mais colaborativos, eficientes, otimizados e realmente "automatizados". Vamos discutir no texto abaixo como três aspectos fundamentais (mobilidade, analíticos e colaboração), presentes no nosso dia a dia, podem nos ajudar a sair da provável zona de conforto da automação atual, para uma verdadeira "Automação 2.0", gerando mais benefícios para a indústria.




Controle avançado não linear aplicado ao processo spheripol de produção de polipropileno – metodologia e benefícios obtidos*

 

Lívia Tizzo
Braskem

Rogério Maesi
Braskem

Artur Toledo
Braskem


Resumo
Este trabalho aponta as etapas de implementação de um controlador avançado em uma unidade industrial de produção de polipropileno da Braskem. São brevemente explicados os modelos e as inferências utilizados, a matriz de controle e os resultados medidos relacionados à redução de variabilidade das variáveis controladas. De acordo com os resultados do estudo realizado, o controle avançado possibilitará um aumento no rendimento catalítico promovido pela possibilidade de operação mais próxima aos limites operacionais.




Gerenciamento de performance operacional em tempo real

 

Claudio Muller, Osvaldo Bascur e Marcelo Campos
Osisoft


Introdução
Os sistemas inteligentes são atualmente a base de uma grande variedade de aplicações da engenharia de processo para que os centros de competência corporativos monitorem o que ocorre na produção. A aplicação das novas tecnologias tornou-se um sério desafio, tanto para as equipes técnicas como administrativas, devido às rápidas mudanças no ambiente de negócios das empresas. Como os dados são capturados em tempo real a partir de diversos equipamentos e dispositivos dos mais variados fabricantes, os sistemas de informações transacionais podem ser elaborados baseados na totalização e no contexto da sua utilização. A transformação de séries temporais em informação requer algoritmos especiais e técnicas de filtragem. A integração de informações temporais reforça a estratégia de colaboração entre grupos de trabalho (Operações, Manutenção, Engenharia e Gestão de Processos). O acesso fácil e rápido aos dados operacionais com ferramentas analíticas permite aos funcionários identificar a causa raiz, experimentar novas ideias, determinar e monitorar diretamente as metas, evitar paradas de produção que são onerosas para a empresa, assim como procura evitar custos. O uso constante da análise e colaboração permite a identificação de métricas em tempo real, que podem se gerenciadas por exceção, reportando e alertando os processos mais dinâmicos e também aqueles mais lentos. As aplicações típicas são: gestão dos recursos energéticos e hídricos, manutenção preventiva, controle de qualidade, controle estatístico de processo, análise multivariada e balanço de massa.




O Scada além da planta: desafios da automação geograficamente distribuída no caminho de smart grids*

 

Tânia Mara Pereira Marques
Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná



Introdução
Até alguns anos atrás, os grandes desafios da comunicação em automação estavam localizados dentro das plantas industriais e as principais escolhas envolviam estudos e decisões relativas a transmitir os sinais de campo até o sistema Scada (Supervisory, Control and Data Acquisition System) de forma analógica, por exemplo em 4 a 20 mA, ou de forma digital, através de tecnologias de redes digitais de campo, os fieldbuses. A utilização das redes digitais de campo trouxe para a automação os benefícios da comunicação em rede, possibilitando reduções de custos de infraestrutura e ampliando o leque de informações provenientes dos dispositivos de campo porque permitiu a transmissão de informações de diagnóstico dos dispositivos adicionalmente à transmissão das informações de processo.




O uso da tecnologia a serviço da produtividade

 

Alessandro Ramalho dos Santos
Wago



Introdução
Projetos ligados à produtividade e inovação ganham destaque na medida em que se precisa criar diferenciais para crescer num cenário econômico mundial pautado pelas incertezas. Mas para que se possa extrair mais dos ativos existentes é preciso estabelecer critérios de medição e metas de desempenho para garantir que um sistema ou máquina possa alcançar um nível de produtividade que comece a gerar impactos positivos na competitividade do produto. Em se tratando de empresas de atividade industrial, a Automação é uma importante ferramenta de suporte às iniciativas de produtividade. Indo um pouco mais além, os dados gerados pela automação do chão de fábrica, imbuídos de relevância e significado, tornam-se um importante instrumento para a correta tomada de decisão no nível gerencial. Muito se fala em convergência, MES (Manufacturing Execution System) como alguns dos habilitadores da integração de dados de tempo real, gerados no processo produtivo, com dados transacionais que normalmente suportam as decisões de negócio. Entretanto quando a discussão do projeto de integração avança no desenho dos processos e regras de negócios, a complexidade de uma solução muito abrangente cria obstáculos com pesados impactos nos custos, prazos e execução do projeto. O que este artigo propõe é mostrar uma solução simples de geração de índices de produtividade de máquinas ou linhas de produção, desenvolvida pela WAGO, multinacional Alemã, fabricante Automação Industrial e Conexões Elétricas, fundada em 1950, com filial no Brasil desde 1998. A solução foca em uma necessidade específica e ao mesmo tempo universal – medição de índices de produção e produtividade.





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