Revista Controle & Instrumentação – Edição nº 167 – 2011
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A utilização de materiais de referência certificados para a garantia da rastreabilidade metrológica dos resultados de medições químicas

Cristiane Rodrigues Augusto, Tânia Maria Monteiro, Wagner Wollinger, Raquel Nogueira, Isabel Cristina Serta Fraga, Janaína Marques Rodrigues, Valnei Smarçaro da Cunha Inmetro, Divisão de Metrologia Química - Dquim


Resumo
Os resultados provenientes das medições químicas constituem a base principal para tomadas de decisões seja no âmbito econômico, político, ambiental, médico ou legal. A contínua globalização econômica requer que esses resultados sejam confiáveis, rastreáveis e comparáveis. A Metrologia é definida como “a ciência da medição e suas aplicações” e a rastreabilidade metrológica é um conceito associado à qualidade de uma medição. Em 1971, o Sistema Internacional de Unidades (SI) introduziu o mol entre as unidades básicas para expressar resultados de quantidade de substância. Devido à grande variedade e complexidade das matrizes químicas, o estabelecimento da rastreabilidade metrológica no campo da análise química é mais difícil do que em outras áreas da metrologia. Em medições químicas há normalmente vários procedimentos analíticos, desde a amostragem até o resultado, que podem utilizar técnicas analíticas distintas vinculadas a algum método físico de medição, tais como a cromatografia e a espectrometria, tornando este tipo de medição relativa e nunca absoluta.

Os resultados de medições químicas nem sempre podem ser rastreáveis ao mol, então é necessário buscar outras formas para a garantia da confiabilidade e da comparabilidade dessas medições, tais como o emprego de materiais de referência certificados (MRC). Sendo assim, o uso dos MRC garante que os resultados obtidos por diferentes laboratórios sejam comparáveis, o que é essencial para a indústria e para o comércio, e que pode ser notado, por exemplo, nas relações internacionais. Ao longo dos anos, as barreiras tarifárias vêm sendo substituídas pelas barreiras técnicas, que frequentemente envolvem especificidades nos processos de medição, principalmente aqueles relacionados à química. Nesse contexto, os MRC são imprescindíveis na manutenção de um sistema de medições universal e coerente, pois tornam possível a comparação dos valores medidos (atribuídos a determinadas propriedades) de um laboratório para outro. Além disso, o uso de MRC é um requisito que deve ser atendido quando a Norma NBR ISO/IEC 17025:2005 for implantada no sistema da qualidade de um laboratório.


Desenvolvimento e validação de um sistema para aquisição automática de medidas em laboratório de calibração de instrumento digital

Marcos Aparecido Parpineli Paes Brasilsat Harald


Resumo
O artigo apresenta o desenvolvimento e validação de um sistema de automação para calibrar geradores de sinais, o que reduz o tempo gasto na calibração, possibilita uma interação entre o usuário e o sistema de calibração, além disso, melhora a confiabilidade e a qualidade da calibração. O sistema foi desenvolvido no ambiente de programação gráfica por meio do programa LabVIEW, seguindo os procedimentos internos do Grupo Brasilsat.

O trabalho desenvolvido permite, automaticamente, controlar diversos instrumentos de medição via interface GPIB, interação do usuário, pois são mostradas as conexões entre os diversos instrumentos envolvidos no processo de calibração, e a integração dos dados obtidos na calibração ao programa, já existente, de gerenciamento do laboratório interno de calibração do Grupo Brasilsat.




Comunicação vertical na automação industrial e OPC UA

Ciro L. T. Carpintieri, Cleber C. Fonseca e Luisa H. B. Liboni
Smar Equipamentos Industriais Ltda


Introdução
A crescente complexidade da produção industrial e a competitividade do mercado moderno exigem maior supervisão, controle e melhoria contínua da produção e isto é atingido de maneira completa quando é possível realizar a eficiente integração da automação empresarial com a automação de campo. Nos últimos anos o desenvolvimento das redes empresariais e de campo focou a comunicação horizontal, isto é, o fornecimento de dados através das redes para diferentes elementos do mesmo nível hierárquico da cadeia produtiva.

Agora as atenções estão voltadas para a integração de camadas fabris com as camadas superiores da indústria, de maneira a otimizar ROI (retorno sobre o investimento), custos e lucratividade. Este artigo fará um resumo e apresentará os conceitos da comunicação vertical utilizados atualmente, mostrando os requisitos mínimos para esta técnica e os métodos e protocolos empregados, bem como, uma análise do OPC UA (OPC Unified Architecture), para exemplificar esta tendência tecnológica, que a cada vez mais tem chamado a atenção de desenvolvedores e empresas.


Calibração de transmissores fieldbus em refinarias

Tom Sonntag Bacharel em Ciências e Gerente Regional de Vendas – Beamex Oy Ab


Resumo
Nos dias de hoje os instrumentos com protocolo Fieldbus Foundation estão sendo utilizados no Brasil nas plantas de óleo&Gas, Químico e Petroquímico, Siderúrgico e com algumas instalações em Papel e Celulose. Transmissores Fieldbus também devem ser calibrados para manter o sistema da qualidade e regulamentações e principalmente para garantir a medição dentro dos padrão definidos. Alguns fabricantes declaram que os instrumentos Fieldbus não precisam ser calibrados, o que pode ser considerado verdadeiro quanto ao sinal digital, porém antes da conversão de analógico para digital, valores padrões precisam ser simulados e inseridos no transmissor para avaliação.

Da forma convencional, o instrumentista precisa ir ao campo com um instrumento padrão para geração do sinal, um handheld Fieldbus para leitura da resposta do transmissor, prancheta para anotação dos resultados e calculadora para identificar os erros e se o instrumento está dentro dos parâmetros definidos de aceitabilidade. Nosso objetivo é apresentar uma solução para reduzir a quantidade de instrumentos que o instrumentista carrega, aumentando a confiabilidade nos dados coletados e registrados, fazendo com que a interpretação da performance e calibração do instrumento sejam facilmente identificadas pelo operador.

Como calibrar um transmissor Fieldbus nas áreas classificadas forma precisa, segura e com o mínimo de equipamentos? Como efetuar a calibração do instrumento sem retirá-lo do campo, reduzindo o período das paradas? Adicionalmente, um Software para gestão dos ativos pode facilitar toda a operação em campo, efetuando downloads de procedimentos de calibração previamente definidos, fazendo com que o operador siga as instruções que vão sendo informadas na tela do calibrador em campo durante a calibração.

Os resultados que são armazenados na memória do calibrador são transferidos para o Software de forma segura e sem possibilidade de manipulação dos dados. Relatórios e Certificados de Calibração podem ser emitidos, adicionando contribuições de incerteza e principalmente, ferramenta de avaliação de performance com gráficos de tendência de erro, histerese, etc são gerados para decisões quanto ao instrumento em teste. Este aplicativo ainda permite a integração com sistemas Corporativos de grande porte tais como SAP, permitindo que o Planejamento Estratégico das Calibrações possa ser feito pela Corporação com as ordens de serviço sincronizadas eletronicamente com o software de Gestão.

 
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