“A integração entre nossa expertise em hardware e software vai abrir novas dimensões de produtividade para nossos clientes”, comentou o Dr Heinrich Hiesinger, CEO da Siemens para o setor industrial, durante a coletiva da Hannover Fair deste ano.

A parte do mercado que a Siemens quer atingir aqui, a indústria automotiva mundial, é de uma magnitude prevista para os € 500 bilhões em 2010 e a empresa acredita que seus investimentos feitos ao longo dos últimos três anos, somados a seus produtos, sistemas integrados e tecnologias abertas e normatizadas vão assegurá-la no topo do ranking de fornecedores de tecnologia industrial.

Hiesinger afirmou que a Siemens está preparada e atuante nas grandes tendências mundiais de aumentar a eficiência energética, customizar a produção em massa – um bom exemplo disso seriam as linhas de montagem da indústria automobilística –, e de manter redes de produção globalizadas. “Para isso estamos intensificando nossos esforços em plataformas abertas e normatizadas para drives, automação e softwares e assim contribuímos para o sucesso de nossos clientes em produção, transporte e building”, enfatizou o executivo, que acredita que a Siemens tem grande vantagem por possuir o maior range de soluções para aplicações em equipamentos, manufatura, indústrias consumidoras de energia intensiva, petroquímicas, aço e papel.

Para segmentos como a indústria automotiva, na engenharia mecânica e projetos industriais, o foco deve ser a produtividade e a flexibilidade pois a melhoria dos planos de produção e da engenharia são a chave para se alcançar uma melhor qualidade, fases de design mais curtas. Integrando o design e a produção do produto, abre um enorme potencial para seus clientes ampliarem sua competitividade e conseqüente sustentabilidade. A combinação de toda a tecnologia Siemens com a digital factory e o PLM – Product Lifecycle Management pode acelerar toda a cadeia de produção com qualidade e tempo reduzido em torno de 50%.

Para Rolf-Peter Hofmann, Siemens One para a indústria automobilística no Brasil, o mercado pode contar com as tecnologias mais poderosas para colocar um protótipo em linha de produção e gerenciar esse linha de forma sustentável. “Com a digital factory, a indústria automobilística pode se concentrar no que realmente é seu negócio, o carro em si, e fazer os melhores, mais possantes e confortáveis automóveis porque, quase como uma engenharia reversa, a digital factory vai desenhar a linha de produção daquele protótipo. É uma revolução”.

Para linhas já existentes, pode-se incluir melhorias desde que se possuam todos os dados necessários – o que nem sempre acontece. Mas tanto para novas linhas como para as já existentes, o software de gerenciamento de ciclo de vida do produto vai acrescentar um grande diferencial.

Rolf-Peter acrescenta o enorme potencial na indústria automotiva brasileira para os painéis normatizados. E a Siemens pode coloborar muito nessa área pois seu engenheiro Addy Guenther, é especialista na norma aberta para painéis, a Lasso Pluss, base para a padronização de cada empresa como o Scube na Renault e na Nissan, e a Integra, na Daimler.

“Temos bons produtos, uma gama completa de soluções. Estamos trazendo várias inovações e remodelando os serviços porque queremos ser percebidos como parceiros para quaisquer trabalhos”, finaliza Rof-Peter.