Revista Controle & Instrumentação – Edição nº 123 – 2007
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Convergência TI/TA: teoria e prática em Simpósio

A Microsoft e a IWS realizaram, pelo terceiro ano consecutivo, o Simpósico IWS de Automação Industrial. O encontro é fruto da própria convergência entre tecnologia da informação e tecnologia de automação que vem, paulatinamente, tomando conta do chão de fábrica. Um bom exemplo é a tecnologia SCADA. Segundo os debates, foi-se o tempo em que ela era uma ferramenta de trânsito de dados; hoje ela é ferramenta de interatividade que pode incluir web solutions e mobile access. Muitas aplicações SCADA estão evoluindo e sendo denominadas de dashboards.

Sobre a convergência, é fruto da evolução natural pois algumas soluções mais antigas já utilizavam protocolos Ethernet, ainda que fechados e limitados. Mas as coisas começaram a mudar quando a automação passou a utilizar PCs. Somaram-se as tecnologias web que, no início, foram utilizadas mais para terminais com páginas estáticas, passando para os plant servers e, depois, para uma geração que incluía ASP, Activex, html, xml...

A arquitetura cliente/servidor dominou a informática e é ótima para a área de TI – mas não para os sistemas industriais, que têm que operar autonomamente e agregar outras possibilidades, se necessário. Surgiu, então, a arquitetura Smart Client que combina o poder dos dedicados com a facilidade de distribuição e atualização dos descentralizados.
Os produtos Smart Clients podem ser reconhecidos por suas características de utilização dos recursos locais do equipamento, por suas aplicações facilmente conectáveis, sua capacidade de operar off line, por ser de fácil instalação e atualização, e por sua facilidade de rodarem vários equipamentos. E essas tecnologias são tão poderosas que a Microsoft desenvolveu do zero o Windows CE, para plataformas embedded.

Hoje, o grande entrave à convergência é a segurança que faz com que se utilizem duas redes de tráfego na maioria das aplicações. Segundo os fornecedores de soluções, as ferramentas existem mas nem sempre são utilizadas de maneira correta, ainda que reconheçam os desafios da segurança: ameaças avançadas, orientadas a aplicações e motivadas por lucros; fragmentação da tecnologia de segurança, com excesso de produtos, fraca interoperabilidade e falta de integração; dificuldade de gerenciar e utilizar. Uma das soluções apresentadas foi a tecnologia Forefront Client Security, da Microsoft.

Na parte de aplicações, o engenheiro Murilo Lacerda Yoshida, da IWS, mostrou um pouco da convergência TI/TA em ação no setor de petróleo, com três grandes projetos. No primeiro, em três poços de petróleo (operados pelo Cenpes), o material injetado é monitorado por sensores de filtro óptico via Indusoft Web Studio e ferramentas não convencionais que possibilitam maior flexibilidade e acesso remoto – na verdade pode-se acessá-los por WEB, PDA e OPC.

Uma segunda aplicação foi a substituição dos sistemas antigos de start up das refinarias, que se utilizam agora do mesmo sistema de controle avançado, possibilitando comparações de performance entre as unidades e a implantação de índices comuns de produtividade. O novo sistema controla a mistura do diesel, a destilação do petróleo, faz inferências/previsões e possibilita o controle recursivo (o controle do controle). A comunicação entre os módulos é via OPC e a comunicação com o SDCD pode ser feita via OPC, driver, TCP/IP ou conexão direta com os bancos de dados.

O outro caso apresentado foi o projeto conjunto da Transpetro e da Recap para controlar as válvulas nos dutos: via PDAs (Itronics) ou Tablets PCs em campo com GPRS – que dá mais mobilidade que o wireless – o operador pode, no campo, atuar e verificar o status das válvulas pois cada uma tem um tag próprio e os PDAs se comunicam com o SDCD via OPC.


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