Revista Controle & Instrumentação – Edição nº 123 – 2007
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Setores crescem em 2006

O setor de automação industrial findou 2006 com crescimento de 11% no faturamento, que passou de R$ 2,3 bi para R$ 2,5 bi, em comparação com o obtido em 2005. O primeiro vice-presidente da Abinee, Nelson Ninin, ressaltou a importância que o setor de Automação Industrial tem para a balança comercial. “Nessa área, o volume de negócios, no Brasil, é muito maior do que o volume de exportações, pois as importações somam, aproximadamente, US$ 800 milhões ao ano enquanto que as exportações, apenas US$ 150 milhões. O alto índice de importação é, também, incentivado pela baixa taxa do dólar, fazendo com que os produtos importados tenham custos menores do que os nacionais”.

Os segmentos de bens de consumo de capital da indústria eletroeletrônica – Automação e Equipamentos Industriais – tiveram em 2006, comportamento influenciado por setores de petróleo e gás, mineração, siderurgia, açúcar e álcool, papel e celulose. No entanto, as empresas fornecedoras para a indústria de máquinas e equipamentos não tiveram o mesmo desempenho, pois estão sofrendo o impacto das importações de produtos chineses, direta e indiretamente. As indústrias da China estão ganhando o mercado nacional de máquinas e equipamentos, por um lado, e, por outro, também da indústria de bens de consumo final, o que acabam inibindo os investimentos produtivos.

Outro segmento que encerrou o ano em alta foi o setor eletroeletrônico com crescimento de 14% no faturamento, que passou R$ 92,8 bi para R$ 105,6 bi, em comparação a 2005. “Em 2006, os segmentos que efetivamente puxaram o faturamento da indústria eletroeletrônica para cima foram o de Informática, com crescimento de 22%, e o de Geração Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, com 34%”, afirmou o gerente do Departamento de Economia da Abinee, Cézar Rochel.

Conforme análise do executivo, o setor de menos desempenho foi o de componentes elétrico e eletrônico que deverá expandir somente 7% nesse ano, em comparação a 2005. “Os componentes elétricos aumentarão em 8% e os eletrônicos deverão recuar em 1%. Esse foi o setor de pior desempenho em 2006”.

Segundo o gerente, as demais áreas do setor eletroeletrônico apresentaram comportamento compatível com o crescimento da economia brasileira. Nesses casos, alguns pontos foram relevantes como na área de Material Elétrico de Instalação, que não verificou nenhum reflexo significativo, apesar das medidas governamentais anunciadas no final de 2005 e em setembro desse ano, para estimular a indústria da construção civil. “As indústrias estão com expectativa positivas para 2007, com o crescimento de 13% no faturamento em comparação a 2006”, completou o executivo.

Quanto às Telecomunicações, em 2006, a telefonia celular manteve-se na mesma posição de 2005. A base instalada de terminais celulares passou de 86 milhões, no final do ano passado, para a faixa de 100 milhões em 2006. As vendas de reposição e substituição por produtos com novos recursos foram as principais motivações para esse setor, além das exportações que deverão crescer 22% nos seus valores em dólares, com expectativa de atingir US$ 2,9 bi em aparelhos celulares exportados em 2006. Já a telefonia fixa ficou com os negócios concentrados na expansão de banda larga, devido as novas tecnologias como Voz sobre IP.

Importações

De acordo com os dados da Abinee (vide gráfico2), as importações de produtos eletroeletrônicos deverão crescer 24% neste ano de 2006 chegando a US$ 18,7 bi. “Os grandes destaques estão concentrados nos componentes eletroeletrônicos que nesse ano apresentaram aumento de 25%. É um crescimento significativo nas importações de equipamentos de geração transmissão e distribuição de energia elétrica e também para os demais produtos do setor”, afirmou o gerente do Departamento de Economia da Abinee, Cezar Rochel.

Os semicondutores serão os componentes mais importados, com US$ 3,4 bi. Os produtos das demais áreas também deverão ter crescimentos que variam de 8% para Telecomunicação até 41% em GTD.

De 2001 a 2006, alguns países auferiram aumento nas importações – caso do Sudeste Asiático, que em 2006 deverá chegar a US$ 11,7 bi, com crescimento de 36% em relação a 2005. e a China passou de US$ 526 mi em 2001, para US$ 4,4 bi nesse ano.
De acordo com o Rochel, esses resultados tanto nas exportações como nas importações, mostram que o déficit da balança comercial de produtos do setor eletroeletrônicos deverá atingir US$ 9,5 bi, 30% maior em comparação ao ano passado.

Expectativas para 2007

“Para 2007, conforme perspectivas das indústrias, o faturamento do setor eletroeletrônico deverá crescer 15% em relação a 2006, imaginando um crescimento do PIB por volta 3,5%”, afirmou Rochel.

As áreas de maiores crescimentos serão: Automação Industrial, com 14%; Equipamentos Industriais, com 15%; GTD, com 20%; Informática, com 23%, e Material Elétrico de Instalação, com 13%.

Já para as exportações espera-se que atinjam US$ 10 bi, 9%, acima de 2006, e as importações US$ 22,3 bi significando um crescimento de 19%. Com essas projeções o déficit da balança comercial será de US$ 12,3 bi, ou seja, 29% maior que 2006.

“Como podemos notar, nosso crescimento nominal foi de 15% no faturamento. O ideal seria que todos os setores no Brasil tivessem um crescimento semelhante, porque nós estamos com um PIB de 3,5%. O Brasil precisa ser destravado e crescer. Temos que acabar com essa burocracia burocratizada”, comentou o presidente da Associação, Ruy de Salles Cunha.

Siemens do Brasil amplia aquisições e fatura R$ 5,4 bi em 2006

A Siemens do Brasil, empresa que atua nas as áreas de Automation and Control, Power, Medical, Transportation, Information and Communications e Lighting, fechou o ano fiscal – no período entre outubro de 2005 e setembro de 2006 – com um volume de R$ 5,4 bi em entradas de pedidos e faturamento líquido de R$ 5,4 bi. Quanto às exportações a empresa somou R$ 620,7 mi, auferindo lucro líquido de R$ 81 mi, após os impostos, e investimentos na ordem de R$ 195,8 mi.

Segundo o presidente da Siemens do Brasil, Adilson Primo, 2006 foi um ano de desafios para a empresa – dentre os principais destaca o novo direcionamento da estratégia empresarial com foco nos mercados do futuro e megatendências globais; a reestruturação de portfólio de negócios - que inclui a separação da unidade de telefones celulares vendida para a BenQ e a criação da joint venture Nokia Siemens Networks, e a falta de investimentos em infra-estrutura.

“Os problemas das carências de infra-estrutura são visíveis para a sociedade. O apagão de 2001 ainda está presente na memória das pessoas, assim como o péssimo estado de conservação das estradas e a falta de saneamento básico em muitas cidades. Essas deficiências atrapalham o desenvolvimento do País. Elas estão relacionadas diretamente com a sua capacidade competitiva, por exemplo, no suprimento energético ou no escoamento da produção, para o mercado interno e exportação. Portanto, tem grande influência no crescimento da economia”, ressaltou Primo.

“A infra-estrutura brasileira carece de um montante de investimentos da ordem de R$ 88 bilhões ao ano, envolvendo energia elétrica, petróleo e gás natural, transportes, telecomunicações e saneamento básico. A Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústria de Base – Abdib, concluiu o estudo “Agenda da Infra-estrutura 2007-2010”. O objetivo é sistematizar as principais propostas do setor e influenciar no debate dos programas para o próximo governo”.

Para enfrentar os desafios gerados pelas megatendências globais, como as mudanças demográficas e a urbanização – que têm como conseqüências maior escassez dos recursos naturais; demanda crescente por cuidados com a saúde e por proteção ambiental; aumento de mobilidade; maior demanda por segurança e proteção e deslocamento do centro de gravidade econômico – a Siemens redirecionou seus esforços em três áreas: energia e meio ambiente, infra-estrutura pública e industrial, e saúde.

Outras medidas também foram tomadas pela empresa como a separação da Divisão Communications. A unidade de infra-estrutura de redes e companhia será preparada pela joint venture Nokia Siemens Networks, que deverá dar início às operações a partir de 1º de janeiro de 2007. Além disso, ela passa a ser uma nova empresa do grupo – a Siemens Enterprise Comunications. E a criação da Siemens IT Solutions & Services – SIS, que integra as atividades de soluções de TI e softwares. A unidade resulta da união da SBS com a PSE – Program And System Engineering (Áustria e Sudeste Europeu), SISL- Siemens Information System (Índia), DIP- Development Innovation and Projects (Grécia) e com a BIC – Business Innovation Center (Suíça).

De acordo com o presidente da Siemens, ao longo dos quatros anos, o crescimento da empresa se manteve na casa dos dois dígitos, enquanto o setor eletroeletrônico cresceu 7%. “Seguimos mantendo a posição de maior grupo do setor no Brasil. Em nossas seis diferentes áreas de atuação somos líderes ou vice-líderes de mercado”.

A área Power, que reúne as unidades de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia encerrou o ano com 24% do volume total de entrada de pedidos e 20% do faturamento líquido. A Power Generation – PG incorporou à unidade fabril de Jundiaí uma nova fábrica de turbinas a vapor, e foi responsável, pelo repotenciamentodo Turbogerador 2 (23MW) da Usina de Ipatinga, da Usiminas, e pelo fornecimento de duas turbinas a vapor (62MW) para a usina de papel e celulose da Bahia Sul.

A unidade Power Transmission and Distribution – PTD fechou importantes contratos como no Lote B, para a Eletronorte e Chesf, na linha Norte-Sul 3, e nas linhas Machadinho-Campos Novos e Campos Novos-Blumenau.

Já a área Transportation, formada pelas unidades Transportation System e Siemens VDO Automotive, obteve 11% do volume de entrada de pedidos e 12% do faturamento da empresa.

A Transportation System – TS, que fornece soluções completas para integração de redes de transporte sobre trilhos em regime de turn-key, concluiu o contrato de manutenção dos trens da CPTM, considerado benchmarking no Brasil. A divisão Siemens VDO Automotive – SV,findou o exercício com aquisição de importantes contratos com a Ford e a Fiat. Além de inaugurar sua sexta fábrica no Brasil. No exterior foram destacados os contratos para o fornecimento de Controladores Eletrônicos de Ar Condicionado Veicular, com clientes da França e dos Estados Unidos, e no Brasil mantém forte participação nas principais montadoras como Ford, General Motors e Volkswagem Caminhões.

A área Medical Solutions – MED encerrou o ano com 4% do volume da companhia em entrada de pedidos e faturamento da empresa. Dentre os destaques da área está a venda de um Ciclotron para a Clínica Villas Boas, em Brasília, as exportações de mesas radiológicas Multix B, para países da América Latina, e o fornecimento de dois tomógrafos Somatom Sensation 64, para a DASA S.A.

A unidade Information and Communications, que é representanda pelas empresas Siemens Networks e Siemens Enterprise Comunications, encerrou o ano fiscal com 34% do volume de entrada de pedidos e 36% do faturamento total da companhia. O ano foi marcado por uma redução significativa do Capex das operadoras, com priorização do Opex.

A unidade Networks apresentou um crescimento de 28%, na área de serviços de valor agregado. Assinou contrato com a Brasil Telecom para a prestação de serviços de operação e manutenção nos estados do Paraná e Santa Catarina, consolidou o negócio NGN com expansão das redes já instaladas, forneceu e instalou equipamentos para novos serviços de Voz sobre Banda Larga, IP Centrex e Voz sobre cabo para a Embratel e Telemar. Em telefonia móvel, o destaque foi o contrato para expansão das redes da Telemar/Oi, onde a Siemens contribuiu nos dois maiores projetos de expansão – um deles para 14,5 milhões de assinantes.

A Siemens Enterprise atingiu suas metas de crescimento com a venda de serviços profissionais, dentre eles outsourcing de voz e dados. Neste exercício, foram instaladas 320 mil linhas IPs, o que significa um crescimento de 60% em relação ao ano anterior. Nos últimos cinco anos, a Siemens comercializou cerca de um milhão de linhas telefônicas VoIP.

A Siemens Business Service – SBS neste exercício reorganizou as suas atividades, concentrando-se nos mercados de manufatura, telecomunicações e serviços, com ênfase em soluções e produtos de valor agregado em torno de SAP e gestão de TI para processos de infra-estrutura. A área deu continuidade aos programas de formação de pessoal nas principais plataformas de tecnologia Microsoft, SAP e competências gerenciais de projetos, programas e manutenção de aplicativos. Continuou a implementação e desenvolvimento das metodologias Aplication Management Service (AMS) e de Itil (biblioteca técnica de objetos de TI) para gestão de infra-estrutura.

Para fortalecer seu portfólio, a empresa investiu cerca de € 9 bi, nos últimos nove anos, em aquisições. Na área de Medical Solutions adquiriu a CTI Molecular Imaging, a Bayer Diagnostic e a Diagnostic Products Corporation – DPC. Já na de energia auferiu a VA Tech e na de automação e controle a Robicon, a US Filter e a Voest Alpine Industry- VAI.
A empresa, em 2006, teve outros destaques, como as vendas de serviços no Brasil que alcançaram R$ 1,3 bi e os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento que somaram R$ 120,2 mi

Desempenho da Automation and Control em 2006

A área Automation and Control findou o ano de 2006 representando 22% do total de entrada de pedidos e 23% do faturamento da empresa no Brasil. Esse resultado apontou um ganho de nove pontos percentuais em comparação ao ano fiscal anterior.

Dentre os projetos implantados pelo setor estão a automação da planta de margarina da Sadia com o Simatic PCS 7 e MES; fornecimento do Sinumerik 802D-SK com acionamentos Sinamics-S 120 para a Romi; instalação do sistema de medição de vazão em 125 linhas de envase da Coca-Cola.

A divisão ganhou o primeiro projeto mundial de movimentação e automação para Honda Brasil e se destacou com soluções de automação e instrumentação e eletrificação de moendas, no setor sucroalcooleiro. Além dos negócios firmados, e com a Suzano Papel e Celulose da Unidade Mucuri, Cosipa, Petrobras e Cia. Vale do Rio Doce, Banco Bradesco e Aeroporto de Vitória/ES.

Dentre os principais projetos desenvolvidos pela empresa destaca-se a instalação de sistema de segurança de TV no Porto do Rio de Janeiro, que compreende o acesso, intrusão e circuito fechado, além dos novos serviços de monitoramento remoto de imagens e rastreamento de veículos.

Foi integrada ao portfólio da divisão A&C a unidade de Wireless Modules - WM, que voltou a ter produção nacional de módulos sem fio, desta vez em Curitiba, devido a investimentos na ordem de €1 mi .

Especificamente na área de Automação Industrial, segundo o gerente Geral de Marketing da Divisão Automation And Control da Siemens, José Borges Frias, a perspectiva de crescimento no setor é de 14% em 2007.

GE Fanuc cresce 40% em 2006 e anuncia focos para 2007

A GE Fanuc conquistou importantes fatias do mercado em 2006. No setor de automação industrial, a empresa cresceu cerca de 40%. Na área de CNCs a marca foi de 23%. Para o diretor geral da companhia, Walmyr Buzzatto, os principais entraves ao crescimento no segmento de automação foram os baixos níveis de investimentos públicos e privados no País, travados pelas altas taxas de juros e pelo Custo Brasil em geral.

Segundo Buzzatto, a área de automação industrial foi beneficiada por uma reestruturação da empresa, que já em 2005 deixou de ser parte da GE Corporate para adquirir uma razão social própria, independente da matriz. Já na área de CNCs, o crescimento acompanhou o setor, que ainda está se recuperando de uma queda ocorrida no período entre 2004 e 2005, motivada pela situação cambial.

Para o diretor, os segmentos que apresentam probabilidade de expansão em 2007 são o de açúcar e álcool e o de óleo e gás. Falando em planos para o futuro, Buzzato afirmou que a empresa continuará com os lançamentos de novos produtos, mas irá investir, principalmente, na área de MES. Além disso, a companhia pretende adotar a NPS, metodologia de análise de satisfação do cliente já utilizada nos EUA. “A liderança de mercado em CNC já é um indicador interessante, mas precisamos medir em tempo real, para calibrar nossas ações voltadas ao atendimento das necessidades do cliente”.

Smar completa 32 anos e insere novos produtos no mercado

2006 para Smar foi um ano marcado por importantes desafios, realizações, conquistas e desenvolvimentos tecnológicos no Brasil. A empresa manteve-se líder no fornecimento de Sistemas Fieldbus. Além de trazer ao mercado novidades como o LD400 - um transmissor de pressão com vantagens como exatidão, rangeabilidade e tempo de resposta de 35ms, e o FY400 - um posicionador sem contato mecânico, que possui, entre outras características auto-tunning. “É algo inovativo e vem agregar valor aos processos com as facilidades de manutenção e integração nos gerenciamentos de ativos. Tivemos também o lançamento do RD400 - Radar de Onda Guiada, para medições de nível com tecnologia baseada no princípio Time Domain Reflectometry - TDR”, ressaltou o diretor de Marketing, César Cassiolato.

“O mercado ano já pode contar com uma nova linha de controladores capazes de atender qualquer solução de automação. São CPUs de alta performance, com capacidade de processamento e memória, além da conectividade: HART/4-20mA, Foundation Fieldbus, Profibus, Devicenet, Asi, Modbus, HSE, redundânica, ladder, OPC e gerenciamento de ativos”.

Outro marco para a Smar foi a procura por sistemas fieldbus (Foundation Fieldbus e Profibus) como forma de garantir a otimização e uniformidade dos processos, segurança operacional da planta, evitando perdas e garantindo melhorias na qualidade do produto final.

Para o diretor, apesar de 2006 ter sido um ano positivo para empresa, ela foi afetada diretamente pelos fatores econômicos do País, como a elevação da carga tributária, valorização do Real frente ao Dólar e pelos altos juros. Mas de acordo com o Cassiolato, a empresa sobreviveu a tudo isso e tem perspectiva de crescer ainda mais em no próximo ano. “Esperamos que a economia no Brasil se firme, mostrando-se sólida, atraindo novos investimentos e incentivando às indústrias”.

Altus otimista com 2007

“Nossas expectativas para 2007 são otimistas em relação a setores da economia como petróleo e gás, elétrico, transporte e saneamento básico”, comentou o diretor Financeiro da Altus, Fabiano Favaro.

Segundo o diretor Financeiro da Altus, Fabiano Favaro, a empresa encerrou o ano fiscal, que compreende o período de dezembro de 2005 a dezembro de 2006, com resultados positivos, apesar dos entraves existentes no Brasil. “A alta carga tributária, investimentos não suficientes por parte do governo, juros altos, cotação da moeda norte-americana desequilibrada, paralisia da classe política em relação a temas efetivamente importantes e que fariam a diferença como as reformas fiscais, políticas e trabalhistas”, elencou o diretor.

Favaro comentou suas perspectivas para a empresa e para o Brasil em 2007. “Nossas expectativas são otimistas em relação a setores da economia como petróleo e gás, elétrico, transporte e saneamento básico. Nesses segmentos, a Altus atua de forma mais forte e dedicada. Em relação ao Brasil, o Plano de Aceleração Crescimento – Pac, a ser apresentado pelo governo, pode ser o propulsor de uma nova dinâmica na economia dependendo da profundidade e amplitude de suas premissas”.

Falando ainda do futuro, o diretor anunciou a meta da empresa para o próximo ano. “Entendemos que há espaço de crescermos 18% em vendas e faturamento, com manutenção de nossa rentabilidade”.

Ascoval mantém crescimento histórico em 2006 e divulga metas para 2007

“2006 foi um ano excelente em vendas, produção, treinamento, tecnologia e desenvolvimento de novos produtos”, comentou o diretor Presidente da Ascoval, José Carlos Marcato. 

“2006 foi um ano excelente em vendas, produção, treinamento, tecnologia e desenvolvimento de novos produtos. Conseguimos manter o nosso crescimento histórico dos últimos dez anos, sem alteração na margem de lucro”. A análise é do diretor presidente da Ascoval, José Carlos Marcato.  Segundo ele, esse resultado só não foi melhor devido aos entraves existentes no Brasil. “Os principais são a burocracia; alta carga tributária  e sistema  extremamente complexo e confuso; as relações trabalhistas - essa é uma legislação arcaica e insegura para o empregador, além dos encargos incidente sobre o salário; custo de importação de componentes – que são os fretes e impostos; infra-estrutura portuária e rodoviária e o baixo nível de instrução”, complementou o Marcato.

De acordo com o presidente, a Ascoval tem como meta auferir crescimento de quatro pontos percentuais acima da média histórica em 2007. Para atingir esse objetivo a empresa vai ampliar o desenvolvimento e a fabricação local; aumentar o leque de produtos oferecendo soluções integradas e via  aquisições de novas empresas feita pelo grupo Emerson  e treinamento local e no exterior de seus funcionários.

Para Marcato os segmentos que deverão expandir-se no próximo ano são:  mineração; energia alternativa - biocombustíveis; infra-estrutura e papel e celulose.  “Nós acreditamos que a economia mundial  vai continuar crescendo graças à Ásia, portanto o consumo de matéria- prima permanecerá aquecido. Isso força o Brasil investir mais”.

Atos aufere crescimento de 17% no faturamento

Segundo do diretor de Tecnologia e Marketing da Atos, Luciano de Oliveira, a empresa obteve um crescimento médio de 17% ao ano no faturamento, no período de 2000 a 2006.

De acordo com o executivo, a Atos tem como meta em 2007, aumentar o faturamento para 18%. “A empresa tem obtido novos clientes nos segmentos de saneamento, energia e petróleo. Pretendemos investir para aumentar a parcela de serviços em nossos negócios”, afirmou Oliveira

Woodward finda ano fiscal com crescimento e divulga metas para 2007

A Woodward encerrou o ano fiscal, que compreende o período de outubro de 2005 a setembro de 2006, com crescimento significativo em vendas. Segundo o diretor de Operação e Vendas da empresa, Wladimir Tadeu Mantovani, esse resultado deu-se aos contratos de manutenção com algumas refinarias e petroquímicas.

“As metas  da Woodward para 2007 são ampliar nosso portfólio de produtos através de aquisições e alianças com parceiros estratégicos, bem como aumentar nossa participação no mercado sucroalcooleiro e dar andamento as modernizações nas  plataformas de  petróleo”, afirmou o Mantovani. 

De acordo com o executivo, os principais entraves de crescimento no Brasil, na empresa e no setor de automação são: carga tributária, burocracia governamental, falta de investimentos em educação e em infra-estrutura e a concorrência por parte de empresas não especializadas”.

FT Automação aufere crescimento de 15% em 2006

De acordo com a engenheira da FT Automação, Claudia Himelfarb, a empresa findará o ano fiscal, que engloba o período de dezembro de 2005 a dezembro de 2006, com crescimento de 15% em vendas, faturamento e margem de lucro.

“Os principais entraves de crescimento no Brasil são: carga tributária, juros altos e crescimento do PIB/ novos investimentos. Na empresa: foco em mercado específico, incerteza na continuidade dos investimentos e a concorrência com as multinacionais e no setor de automação industrial: a dificuldade de se obter financiamentos a largo prazo para Pesquisa & Desenvolvimento e a falta de investimentos focados na segurança e otimização dos processos industriais”, elencou a engenheira.

Segundo Cláudia, a FT Automação tem como metas para 2007 o aumento em 8% do faturamento e manutenção da margem de lucro.

Yokogawa fecha o ano fiscal com crescimento superior a 30% em vendas

“Podemos considerar o ano de 2006 como mais um marco de crescimento para a Yokogawa no Brasil e na América do Sul. Apesar do ano fiscal ainda não ter terminado, findando-se em março, já vendemos mais do que durante os doze meses do ano fiscal de 2005. Até o final, estimamos um crescimento de mais de 30% nos negócios. Isso é muito bom, quando comparado aos 11% de crescimento obtido pelo setor em 2006, conforme dados da Abinee”, afirmou o presidente da Yokogawa Global Executive, Nelson Ninin.

De acordo com o executivo, a companhia obteve expansão nas atividades externas, com a abertura de filial no Chile e na Argentina, possibilitando a ampliação dos negócios nesses países, através de estrutura local. A Yokogawa fez, ainda, investimentos no Peru e na Colômbia, reforçando o apoio local com profissionais próprios. “Essas ações somam-se aos bons resultados obtidos no mercado brasileiro, onde se concentra a maior força da empresa, mantendo-se, assim, a liderança no setor de automação industrial”, complementou Ninin.

“Nessa área, o volume de negócios, no Brasil, é muito maior do que o volume de exportações, pois as importações somam, aproximadamente, US$ 800 milhões ao ano enquanto que as exportações, apenas US$ 150 milhões. O alto índice de importação é, também, incentivado pela baixa taxa do dólar, fazendo com que os produtos importados tenham custos menores do que os nacionais”.

Ninin, ainda, anunciou as expectativas da companhia para o próximo ano. “Em 2007, estaremos mantendo otimismo, pois, com a reeleição do Presidente da República, a economia não deverá sofrer impactos desconhecidos e isso dará mais conforto aos investidores, que poderão aquecer, ainda mais, a economia do país. A promessa de maior crescimento trará mais negócios a todos os setores, favorecendo, também, a automação industrial”.

Segundo o presidente da multinacional, a Yokogawa deverá projetar um crescimento acima de 30% para o ano fiscal que será iniciado em abril. Já a Abinee tem projeção de crescimento de 14% para o mercado de automação industrial em 2007.

“Apesar de nosso setor ter bom desempenho, o crescimento da economia do Brasil tem ficado aquém da expectativa. Os maiores entraves, que inibem um maior desenvolvimento têm sido o descontrole da área política, que afeta a credibilidade do país; a falta de investimentos no setor público; e, ainda, a baixa taxa do dólar, que compromete a lucratividade das empresas exportadoras” elencou Ninin.

“No caso de crescimento contínuo das empresas de alta tecnologia, como a Yokogawa, uma barreira importante a ser considerada é a formação de profissionais especializados, exigida em curto espaço de tempo. Por esse motivo, temos, anualmente, preparados profissionais desde o período de estágio universitário até constantes reciclagens daqueles que já estão em atividade. Para contribuir com o mercado e com os clientes, a Yokogawa ampliou seu centro de treinamento, oferecendo cursos em diversas aplicações no setor de automação industrial”, comentou Ninin.

“O ousado crescimento desencadeado pelas mudanças já elencadas está em conformidade com as estratégias do Grupo Yokogawa, que tem, por objetivo principal, ser a empresa número 1 em 2010, no setor de Automação Industrial. Dessa forma, a Yokogawa América do Sul continuará contribuindo para que esse objetivo seja seguramente atingido”, finaliza executivo.

Coester se mantém estável em 2006 e anuncia metas para 2007

Para o presidente da Coester, Marcus Coester, 2006 foi um ano bom e estável. “Tínhamos a expectativa de obter um crescimento de 20%. Mas devido aos atrasos de uma série de projetos que estão em fase de contratação, nas áreas de petróleo, petroquímica e saneamento, acabamos revendo esse resultado”. “Em 2006, fizemos uma série de investimentos em novos produtos, e tivemos um resultado financeiro bom”.

Segundo Coester, um dos principais entraves de crescimento do Brasil, da empresa e do setor de automação é a falta de apoio ao empreendedorismo. “ O custo financeiro do Brasil é extramente alto. O que acaba tornando-se um grande risco para o empresário, por exemplo, se ele precisar fazer um empreendimento utilizando capital de terceiros esse dinheiro custará muito caro”, complementou o executivo.

Para 2007, a Coester tem como meta investir cada vez em tecnologia e na diversificação de produtos. Falando ainda em planos para o futuro, a empresa tem como expectativa auferir o crescimento de pelo menos 30%, segundo o presidente.

2006: ano de consolidação de crescimento para a Invensys

“2006 foi o ano da consolidação da curva de crescimento da Invensys no Brasil e na atuação global. Celebramos conquistas importantes e soluções novas. Ocorreu também o lançamento do Infusion (ECS- Enterprise Control System) no Brasil, que trouxe o conceito de derrubar as barreiras tradicionais, que tem resultado em ilhas de automação e de sistemas de informação. Outro fato importante é que temos uma taxa de crescimento nestes últimos três anos”. Essa análise é do diretor Comercial da Invensys, Luiz Sussumu.

Segundo o executivo, as metas da empresa para 2007 estão direcionadas aos clientes e ao crescimento da empresa. “A visão da Invensys é oferecer a gestão do desempenho dos recursos em uma planta industrial de processo e, através dessa estratégia, definir os portfolios de produtos, serviços e soluções e assim gerar valores para os negócios de nossos clientes. Nós procuramos desenvolver soluções as quais nos alinhe ao foco do cliente. Em relação ao resultado operacional trabalhamos para manter a nossa taxa de crescimento próxima de 30%”.
Falando em planos para 2007, a Invensys como a maioria das empresas, tem grandes
perspectivas em torno dos novos planos do Governo Federal, se mostra bastante otimista em relação ao crescimento do Brasil. “O segundo mandato do presidente Lula traz uma expectativa muito forte, e já estamos verificando a preocupação do governo na necessidade de investimento através do lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC. O Brasil não pode continuar com um crescimento pífio de 3%. A Invensys oferece soluções para todos os segmentos industriais”, ressaltou Sussumu.

Para o diretor, um dos principais entraves da expansão no Brasil e no setor de automação industrial é a escassez da mão de obra especializada existente nessa área. Onde os profissionais precisam desenvolver aplicações que respeitem os impactos ambientais, de segurança e de saúde.


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