| Revista Controle & Instrumentação – Edição nº 123 – 2007
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| ¤ Cover Page II |
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| Fornecedor convergente | ||
Para acompanhar as demandas do mercado, os fornecedores de tecnologia aprimoram seus portfólios. Não seria diferente para aqueles que atendem a indústria automotiva como um todo. |
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| Atualmente, os carros podem incluir uma placa rastreadora, sensores e outros devices. E se a placa pode enviar dados para uma central, isso gera uma gama de serviços ainda não explorados. No Brasil, o mais utilizado é o rastreamento por causa dos furtos mas na Europa e EUA já se começa a utilizar outros serviços de monitoramento para segurança, acidentes e manutenção. Segundo a equipe da Siemens que atende a indústria automobilística, a BMW está colocando servidores em seus concessionários no Brasil para utilizar de fato toda a tecnologia embarcada, o que significa que os carros vão enviar dados ao servidor e, dependendo do caso, vão poder atuar até remotamente. Os serviços possíveis com a automação embarcada são inúmeros e valiosos: no caso de ativação de um air bag, por exemplo, que só é acionado em casos graves, um aviso para socorro é imediato. A Siemens Wireless Modules fornece placas para 80% dos fabricantes do Brasil e, segundo sua gerente, a engenheira Adriana Leal Ferreira, o grande apelo do produto é a qualidade pois a condição das estradas brasileiras não pode afetar o funcionamento dos sistemas. E uma das suas maiores compradoras não é outra que a também líder de mercado VDO. A Siemens também fornece os sistemas de teste para manutenção desses sistemas automáticos embarcados – que por enquanto são fixos e encontrados nas concessionárias mas que as condições tecnológicas atuais estão disponibilizando wireless, em tempo real. A Siemens também tem fornecido comunicação corporativa para a indústria automobilística. Segundo o consultor da área, na Siemens, Otavio Bruno, a função é garantir a acessibilidade em qualquer situação, mantendo todos os meios num só cabo no escritório e serviços de acessibilidade móvel, ao menor custo, numa rede integrada, fazendo a convergência dos sistemas. A pioneira na América Latina em inovações de comunicação, no setor automobilístico, é a General Motors, que está exportando a filosofia para a matriz. As vantagens podem ser mais facilmente percebidas quando a pessoa precisa estar em mais de um lugar porque pode ser encontrada em qualquer lugar da rede onde faça logon – em qualquer lugar do mundo. Na GM, dentro da sua rede no Brasil, o custo de comunicação entre unidades já é zero. Ainda existem custos de DDI porque as unidades no exterior não suportam a tecnologia – mas já estão estudando utilizá-la. E VoIP é uma tecnologia comum; o sistema para VoIP corporativo só precisa ser mais seguro e robusto, mas o princípio é o mesmo. E existem protocolos como o SIP – Section Initialization Protocol que garantem a interoperabilidade entre as diversas plataformas de VOIP existentes hoje. Uma coisa interessante no projeto da GM Brasil é que foi o primeiro de VoIP tão extenso da Siemens e alavancou projetos na Argentina, no Equador e nos EUA. A Siemens oferece treinamentos sob um conceito mundial e plataforma única, Sitrain. Na área automotiva os treinamentos são principalmente sobre controladores lógicos programáveis, comandos numéricos, computadorizados, acionamentos de motores, painéis de operação, redes de comunicação, sensores, instrumentação, softwares específicos das instalações e MES. A Siemens fornece tradicionalmente para os meios de produção automotiva. “A indústria automobilística tem uma característica de mudanças e de colocar novas tecnologias e implantar rapidamente novas tendências antes que outros setores industriais, como foi com os PLCs e os robôs... É um setor muito competitivo e que tem uma necessidade grande de otimizar processos, fazer melhor, mais barato com opções mais rápidas e enxutas...”, comenta Joel Rabello Filho, gerente de vendas de projetos automotivos da Siemens que possui toda a parte de produtos e sistemas, desde um MES e um power train — onde é feita a usinagem dos blocos e comandos de válvula — até o menor sensor na linha de montagem. E em alguns segmentos, como na parte final de montagem, fornece os transportadores. Joel pode vender produtos mas também possui uma equipe para o turnkey e além, já que possui um ambiente chamado fábrica virtual, onde simula o funcionamento de uma linha ou planta inteira com modelos antes da implementação, o que possibilita detectar gargalos, ergonometrias, possibilita identificar as melhores soluções e verificar se o design é o mais adequado, podendo gerar programas para os robôs e PLCs. Os mais recentes projetos da empresa no setor foram uma linha de montagem nova na GM de São José dos Campos, e o projeto da Honda em Sumaré/SP, que está mais que duplicando sua capacidade produtiva. |
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