Revista Controle & Instrumentação – Edição nº 122 – 2006
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Automation Fair: arquitetura integrada para otimizar
a transferência de dados

Listen, think, solve. Ou ouça, pense, e resolva. Esse é o jeito de ser que a Rockwell Automation resolveu imprimir por toda a organização. Quer um exemplo? A indústria alimentícia pedia acréscimo de performance e rastreabilidade da informação e a Rockwell foi projetar, em parceria com alguns OEMs, uma nova geração de máquinas para embalagem.

Na maioria das vezes, uma solução desenvolvida para um determinado cliente acaba atendendo a outras indústrias – e assim a empresa vem ocupando espaços. Integração com servodrive, software de sintonia de servodrives, e outros resultados desses desenvolvimentos surgidos a partir de diálogos com OEMs estavam à mostra na Automation Fair realizada pela Rockwell no final do mês passado, em Baltimore / EUA.

“Boa parte de nosso desenvolvimento em tecnologia é resultado direto de recomendações dos clientes. Ao longo do tempo montamos uma tradição de orientar nosso desenvolvimento, nossa atividade comercial e logística em função das necessidades específicas de nossos clientes”, explica o diretor de Marketing para a região da América Latina, Sergio Gama.

No último ano, a Rockwell Automation registrou vendas de US$ 5,5 bilhões – 11% maiores do que o faturamento registrado em 2004. Agora a empresa quer crescer ainda mais fora dos EUA. “Estamos aptos a trabalhar com um número maior de clientes no Brasil – que tem muitas empresas de porte global e vários OEMs – aumentando nossas capacidades”, disse à Revista Controle & Instrumentação o CEO da Rockwell, Keith Nosbusch.

Na América Latina a expectativa é crescer 20% – ou até mais – tendo como base a plataforma de controle Logix. “A América Latina responde por cerca de 16% do faturamento anual da Rockwell Automation – e o Brasil responde por 33% da região”, comenta o vice-presidente para a região da América Latina, Robert Becker.

O Brasil é o país que mais cresce nas regiões – nos últimos três anos, o crescimento tem se mantido acima de dois dígitos.

Pelos dados de Nosbuch, a plataforma Logix tem apresentado o maior crescimento entre as plataformas de controle hoje disponíveis – no último ano apresentou crescimento de 30% na América Latina, 34% na Ásia, 15% na Europa e mais de 20% nos EUA. “Os concorrentes tentam fazer algo similar, mas não conseguiram até hoje”.

O maior destaque da Automation Fair 2006 foi a arquitetura voltada para integração – em que os dados são criados para que se movam de nos sistemas gerenciais e de chão-de-fábrica. A Arquitetura Integrada apresentada pela Rockwell Automation combina a solução Logix com o suíte FactoryTalk por meio de serviços compartilhados de comunicação e tecnologias que permitem uma interação e fluxo de informações. “Essa estratégia é muito simples: o foco é arquitetura integrada para controle e informação. Conseguimos conectar a fábrica ao business”, disse Keith Nosbusch.


Simpósio Grinst-Rio reúne comunidade de automação
Simpósio Grinst-Rio 2006: mais de 500 inscritos para ouvir os temas “avaliação de desempenho de malhas de controle” e “novas tecnologias na instrumentação”.
Qual sistema de gerenciamento de ativos adotar? Essa questão foi o centro da palestra dada pelo engenheiro Herbert Teixeira, do Centro de Pesquisas da Petrobras, durante o Simpósio Grinst Rio 2006, que reuniu a comunidade de automação para discutir os temas “avaliação de desempenho de malhas de controle” e “novas tecnologias na instrumentação”.

Diante de uma diversidade de soluções oferecidas por uma diversidade de fornecedores, conta como diferencial o resultado que a ferramenta pode oferecer – incluindo a prioridade que determinada ferramenta pode indicar para a manutenção.

Os sistemas de gerenciamento de ativos começaram a ser adotados a partir da necessidade de gerenciar o número crescente de instrumentos e malhas de controle nas plantas industriais – que vem aumentando desde que as refinarias migraram dos instrumentos pneumáticos para os equipamentos analógicos – e depois digitais. A manutenção que era corretiva hoje transformou-se em preditiva. “Essa informação está disponível, e houve uma mudança na forma de operação: antigamente o operador não tinha gráfico de tendências, mas uma fotografia do estado atual da unidade. Com o sistema PIMS, ele passou a ter históricos, e uma gama muito grande de informação”.

Só que, sem instrumentação em perfeito estado, nada disso funciona – por isso a importância da manutenção desses sistemas.

Nanotecnolgia é mercado de trilhões
Roriz: “A Suzano Petroquímica direcionou US$ 20 milhões em pesquisas nanotecnológicas”
Em Nova York acaba de ser criada uma Faculdade de Nanotecnologia. O executivo da Lux Research, Peter Herbert, projeta ao mercado de produtos compostos parcialmente ou não de nanopartículas movimento de cerca de US$ 2,6 trilhões em 2014. “Constatamos transações de US$ 32 bilhões por um grupo de 50 empresas ligadas a diferentes setores da economia, em 2005”, disse Herbert, que esteve em São Paulo durante a II Nanotec, em São Paulo. A novidade apresentada nessa edição reuniu cinco mil visitantes, que puderam certificar os avanços tecnológicos nas mais diversas áreas da indústria, como a de eletroeletrônicos, saúde, alimentos, plásticos, têxtil e transporte.

O Governo iniciou no Estado de São Paulo, ano passado, a implantação de cinco parques tecnológicos nas regiões de São José dos Campos, São Carlos, Ribeirão Preto, Campinas e na própria capital paulista. A secretária de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Maria Helena Guimarães Castro, defende maior aproximação entre empresas e universidades. “No meio acadêmico são desenvolvidos cerca de 400 projetos nanotecnológicos”.

Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul existem 130 pesquisadores aplicados à nanotecnologia, 80 deles têm papel influente neste meio e 23 estudam magnetismo em sistemas nanocompósitos. Os estudos científicos tentam aprimorar a performance de parte do leitor interno do disco rígido do computador, que nada mais é do que um sensor usando Magnetorresistência Gigante – MRG. Avalia-se também o fenômeno ‘exchange bias’, trata-se de um deslocamento da curva de histerese de multicamadas nanoscópicas, que têm aplicações no ramo de sensores e sistemas de detecção – uma das frentes de pesquisas tocada pela UFRRS, segundo o pesquiador João E. Schimdt.

Na Universidade Federal de Minas Gerais é feito o desenvolvimento de nanoestruturados de alta resistência ao impacto para a indústria de tubulações de petróleo e gás; indústria naval, principalmente, de pequeno e médio porte; e estruturas offshore. Há também avanço na produção de nanotecnolgia direcionada à sensores de gás, óticos infravermelhos e células fotovoltaicas.
Herbert: “Uso de nanopartículas deve movimentar mercado em cerca de US$ 2,6 trilhões em 2014”.

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